Newey explica escolha por Aston Martin para F1 2025: “Precisava de um novo desafio”

Adrian Newey destacou os principais motivos para escolher a Aston Martin como nova casa na Fórmula 1. Entre eles, estão a persuasão de Lawrence Stroll, o envolvimento do dono com o dia-a-dia da equipe e a necessidade de buscar um desafio diferente para a carreira

Apresentado oficialmente como engenheiro da Aston Martin a partir da temporada 2025 da Fórmula 1, Adrian Newey admitiu que a abordagem escolhida por Lawrence Stroll foi vital para a concretização da parceria. Questionado sobre o que o fez tomar a decisão de se juntar ao time inglês, o projetista disse que passou a sentir a necessidade de buscar um novo desafio e agradeceu pela história construída ao longo dos anos na categoria.

“Lawrence [Stroll], isso é fácil”, brincou Newey. “Falando sério, senti que precisava de um novo desafio. No fim de abril, decidi que precisava fazer algo diferente. Passei muito tempo falando com a Mandy, minha esposa, e discutindo: ‘O que vem em seguida? O que vamos fazer? Vamos viajar o mundo ou fazer algo diferente?'”, destacou.

“Então, tiramos algum tempo de folga. Sinto que tenho muita sorte por ter conquistado o que queria entre os 10 e 12 anos, que é ser um projetista. Eu nem uso a palavra engenharia no automobilismo. E posso dizer honestamente: todo o resto, ter conseguido tudo isso, foi um bônus”, garantiu.

Newey disse que encontrar um novo desafio o faria se sentir “renovado” novamente, e receber contatos de tantas equipes após confirmar a saída da Red Bull foi algo que mexeu com o engenheiro.

Newey buscava um novo desafio após ser campeão com a Red Bull (Foto: Red Bull Content Pool)

“É claro que nunca esperei algo do tipo, tenho sorte de estar envolvido com isso, mas você precisa ser honesto consigo mesmo e se manter renovado. Então, senti que precisava de um novo desafio. E isso levou algum tempo”, explicou.

“Lawrence e eu nos conhecemos ao longo dos anos. Sempre nos esbarramos na academia, particularmente nas corridas do Oriente Médio e do Extremo Oriente. Como eu disse, quando anunciei a todos que sairia da última equipe [Red Bull], me senti lisonjeado por receber tantas abordagens de várias equipes”, afirmou.

No fim, a persuasão de Lawrence venceu, segundo Newey. O projetista, inclusive, fez um paralelo com a Fórmula 1 do início dos anos 2000 e ressaltou a importância de ter um dono realmente ativo no dia-a-dia da equipe. Além disso, Adrian ressaltou a proposta da Aston Martin, que o recrutou não apenas como engenheiro, mas também como sócio-gerente.

Lawrence Stroll foi vital para a contratação, segundo Newey (Foto: Reprodução)

“Mas a paixão, o comprometimento e o entusiasmo de Lawrence foram realmente encantadores. Ele é muito persuasivo. A realidade é que, se você voltar 20 anos, o que chamamos hoje de chefe de equipe seria o dono naquela época, como Frank Williams, Ron Dennis e Eddie Jordan”, prosseguiu.

“Nessa era moderna, Lawrence é o único dono de equipe propriamente ativo. E acho que isso traz um sentimento diferente, quando você tem alguém como Lawrence envolvido. É um retorno ao modelo antigo. Ter a chance de ser acionista e parceiro é algo que nunca me foi oferecido antes. Então, é algo diferente. Estou muito ansioso, foi uma escolha muito natural”, finalizou Newey.

Fórmula 1 volta às pistas entre os dias 13 e 15 de setembro para o GP do Azerbaijão, em Baku.

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