Albon exalta reconstrução de filosofia interna na Williams: “Parecida com Red Bull”

Em entrevista EXCLUSIVA ao GRANDE PRÊMIO, Alexander Albon destacou que a mudança de filosofia dentro da equipe é clara e tudo, agora, foi levado a um novo patamar

James Vowles foi escolhido a dedo para ser chefe da Williams com um desafio real na Fórmula 1: mudar a mentalidade da tradicional equipe para voltar a ser competitiva. Depois de se destacar na Mercedes, o dirigente recebeu a oportunidade de comandar a equipe britânica e, desde então, vem tentando traçar uma linha de evolução em Grove. Em entrevista EXCLUSIVA ao GRANDE PRÊMIO, Alexander Albon destacou que a mudança de filosofia dentro da equipe é clara e tudo, agora, foi levado a um novo patamar.

Embora a temporada da Williams seja pior que o bom trabalho feito em 2023 na tabela de pontos até o momento, a equipe atualizou processos em sua fábrica, acertou ao conseguir atrair Carlos Sainz para o próximo ano e obteve sucesso em apostar no jovem Franco Colapinto para substituir Logan Sargeant. Na fábrica, mais de 250 pessoas já foram contratadas desde que Vowles chegou.

“Acho que é a reconstrução da filosofia, mas é claro que com isso vêm muitas mudanças em termos de investimentos e foco em áreas diferentes. Acho que a forma como a equipe está agora é muito saudável com a Dorilton [capital, proprietária da equipe] e também com as contratações. Por exemplo, a chegada de Sainz para o ano que vem. É possível perceber que tudo está sendo levado a um nível superior”, elogiou Albon, durante o GP de São Paulo.

“Quando penso sobre a cultura que temos agora na equipe, é muito diferente de alguns anos atrás. Muitos rostos novos, muitas pessoas vindas de equipes diferentes também. É interessante. Acho muito interessante. Até mesmo o feedback que recebemos agora na pista, em comparação com o que tínhamos antes, está indo melhor. Parece muito mais com aquilo que vivenciei, por exemplo, na Red Bull“, comemorou o piloto.

Alexander Albon (Foto: Williams)

Questionado sobre o trabalho a portas fechadas feito na Williams, Albon destacou que os processos mudaram, se modernizaram e agora são mais efetivos sob comando de Vowles.

“Muito disso foi a mudança de processos na fábrica. Desde que James chegou, vindo da Mercedes para a Williams, houve algumas áreas, é claro, em que estávamos indo bem e atualizados. Acho que houve algumas áreas em que estávamos bem atrasados em termos de tecnologia, mas também apenas nos procedimentos que estavam ocorrendo. Algo que ficou bem famoso agora, os documentos em Excel e tudo mais”, explicou.

“Conforme passamos por essas mudanças, obviamente, foi um enorme processo de aprendizado. Não é só mudar algumas coisas e imediatamente você fica melhor. Você tem de reescrever e reestruturar toda a fábrica para acomodar essas mudanças. É aí que os atrasos acontecem. Em parte, por isso que coisas como o carro atrasaram este ano e por que começamos com excesso de peso no carro. É aí que sinto que James realmente causou um grande impacto”, emendou Albon.

James Vowles (Foto: Williams)

“Claro, é difícil. Quando ele chegou, no começo, era fácil ajustar as pequenas coisas, mas as grandes coisas levam muito mais tempo. É aqui que estamos no último ano, este ano, acho que ainda no ano que vem — ainda mudando essas grandes áreas. De certa forma, precisamos dar um passo para trás para dar dois passos para frente”, finalizou o #23.

Fórmula 1 agora volta às pistas para o GP de Las Vegas, nos Estados Unidos, entre os dias 21 e 24 de novembro. Depois, realiza corridas no Catar, última sprint do ano, e Abu Dhabi.

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