Alfa Romeo adota tom rubro-negro e apresenta C43 para temporada 2023 da F1

Sexta colocada na última temporada da Fórmula 1, a Alfa Romeo foi a quarta equipe a mostrar seu carro para 2023. A C43 foi apresentada nesta terça-feira (7), em um evento que contou com a presença dos dois pilotos titulares da equipe, Valtteri Bottas e Guanyu Zhou, além do reserva Théo Pourchaire. Ex-McLaren e agora CEO da equipe de Hinwil, Andreas Seidl também participou da apresentação.

Ao contrário dos últimos anos, a Alfa Romeo adotou um tom vermelho e preto no carro de 2023. O motivo para a mudança é a saída da Orlen, patrocinadora principal do time nos últimos anos, e a chegada da empresa de apostas online Stake. Com isso, o branco deu lugar ao preto, enquanto o vermelho permaneceu no monoposto do time suíço.

Para 2023, a Alfa Romeo fará algo exclusivo dentre todas as equipes que ficaram do quarto lugar no Mundial de Construtores para trás: vai manter a dupla de pilotos. Enquanto Alpine, McLaren, Aston Martin, Haas, AlphaTauri e Williams movem as peças do tabuleiro, os alvirrubros seguem com Valtteri Bottas e Guanyu Zhou.

“O C43 está finalmente aqui e mal posso esperar para levá-lo para a pista”, disse Bottas. “Eu realmente gosto da nossa nova pintura, acho deslumbrante, e uma boa evolução em relação ao ano passado”, seguiu.

“Foi uma boa primeira temporada com a equipe, fizemos um progresso sólido juntos, e agora só existe uma direção a seguir: para frente, para cima e melhor”, resumiu. “Obviamente, ainda temos trabalho a fazer e coisas a melhorar, mas estou confiante de que temos de mirar resultados ainda melhores este ano. Mal posso esperar para voltar a correr. Estou completamente recarregado e ansioso pelo início desta nova temporada”, encerrou.

Em sua segunda temporada na Fórmula 1, o chinês Zhou destacou o novo design do carro da Alfa Romeo e demonstrou ansiedade antes de ir à pista pela primeira vez. Em seu ano de estreia na categoria, Guanyu somou seis pontos em 22 corridas, ocupando a 18ª colocação do Mundial de Pilotos ao fim do campeonato. Bottas foi o décimo, com 49 tentos.

“Estou feliz por finalmente ver o C43 ser revelado depois de todo o trabalho que foi feito nos bastidores nos últimos meses”, disse Zhou. “Acho que estamos com um belo design em 2023 e estou ansioso para guiar o carro em Barcelona nos próximos dias, antes de iniciarmos verdadeiramente a temporada no Bahrein com os testes de inverno”, afirmou.

“Ano passado, a equipe me fez sentir em casa desde o início, me acolhendo e me dando tempo de aprender e melhorar. As expectativas para este ano são, definitivamente, mais altas, e vou carregar toda a experiência da minha temporada de estreia para 2023. Estou empolgado pelo que está por vir. Estou completamente pronto para atacar”, avisou.

A Alfa Romeo passa longe de ter um dos principais orçamentos da F1, mas também deixou para trás a fase complicada financeira. É que a Sauber, de quem a Alfa Romeo pegou a operação, vinha muito mal das pernas até passar a ser comandada por fundos de investimento.

A realidade financeira melhorou bastante e, daqui para frente, o cenário é ainda mais promissor. A Alfa Romeo está saindo de cena e quem vai operar nos domínios da Sauber vai ser a Audi, em um projeto extremamente ambicioso na F1: os alemães chegam para andar no grupo da frente.

E o acordo com a Audi começa a ter efeito já em 2023. Com a saída do chefe Frédéric Vasseur para a Ferrari, a Alfa Romeo viu chegar Andreas Seidl, engenheiro consagrado que fez ótimo trabalho na McLaren e chega para comandar a transição de equipes até a Audi assumir de vez, em 2026.

“Dar vida a um carro é um longo processo, que envolve todos os departamentos de uma equipe de corrida, portanto, é um momento de muito orgulho ver o lançamento de hoje”, comentou Alessandro Alunni Bravi, diretor da Sauber e representante da equipe. “Escolhemos fazer isso diante dos nossos fãs, perto da nossa casa, porque o lançamento de um novo carro não é só um momento para declarar nossos objetivos para a temporada que vem à frente: é também momento de retribuir às pessoas que nos apoiaram, estiveram nas arquibancadas, diante da TV ou na fábrica, e expressar nossa gratidão pela paixão e pela crença delas no nosso projeto”, indicou.

“Nosso novo carro é resultado de meses de trabalho, mas hoje é apenas o início da jornada: precisamos seguir trabalhando duro, com humildade e dedicação, para levar performance para a pista. Todos na equipe estão contribuindo para este objetivo e estamos confiantes de que teremos uma recompensa para o nosso trabalho”, encerrou.

A marca Alfa Romeo parte para a 14ª temporada na F1, em três períodos bem diferentes da história da categoria: anos 1950, anos 80 e as últimas quatro temporadas, além de 2023, claro. Há, ainda, duas vitórias como fabricante de motor, ambas em 1978, com a Brabham.

Como equipe, a Alfa Romeo viu Nino Farina vencer o campeonato de 1950 e Juan Manuel Fangio se sobressair um ano depois, em época que não existia o Mundial de Construtores. Ao todo foram 10 vitórias para os italianos, todas entre 1950 e 1951. O time conquistou, fora da década de 1950, outros cinco pódios: todos entre 1981 e 1984.

No retorno à F1, o destaque fica para o GP do Brasil de 2019, quando Kimi Räikkönen chegou em quarto e Antonio Giovinazzi foi o quinto. Na classificação final, foi justamente 2022 a temporada de melhor performance, com um sexto lugar muito impulsionado pelo início forte de trabalho diante do então novo regulamento.

A quinta apresentação prevista para a Fórmula 1 2023 é a da AlphaTauri, marcada para o próximo sábado (11), às 19h30 (em Brasília). Aston Martin e McLaren chegam na sequência, na próxima segunda-feira (13).

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