Alonso dá ultimato à McLaren e condiciona permanência à saída da Honda, revela revista alemã

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O GP da Bélgica serviu para expor mais um capítulo do tenso clima vivido dentro das garagens da McLaren. Depois de sair em décimo e figurar em sétimo nas primeiras voltas, Fernando Alonso foi perdendo posições e acabou abandonando a corrida, disputada no último domingo (27), alegando "queda repentina de potência". Porém, antes de levar o carro de volta aos pits, o espanhol deixou claro, via mensagens de rádio, toda a sua insatisfação com o fraco desempenho do motor Honda, que o impediu de se defender ou ganhar colocações na pista, chegando a dizer que a situação era "vergonhosa". Posteriormente, a fabricante japonesa não encontrou qualquer problema com a unidade, o que ajudou a alimentar os rumores sobre uma iminente separação das partes. E diante deste cenário, Alonso deu um ultimato à McLaren, na linha de que só segue com a equipe se os nipônicos deixarem de fornecer os motores. A informação é da revista alemã 'Auto Motor und Sport'.

 

Ainda de acordo com a reportagem, Alonso já perdeu completamente a confiança nos japoneses, porque entende que a evolução apresentada pela Honda é muito pequena e ainda segue sofrendo com as falhas de confiabilidade. 

 

Só que a situação parece ainda mais complexa. A publicação da Alemanha explicou que, se a McLaren encerrar o acordo com a Honda, a ação vai implicar em apenas uma simples quebra de contrato, com poucas consequências. No entanto, se a equipe inglesa pressionar a marca nipônica a abandonar a F1, isso poderia envolver uma enorme compensação financeira para o time de Woking. 

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Já os nipônicos não têm a intenção deixar a F1 e, inclusive, se comprometeram com a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e com a cúpula do Mundial. A Honda não vai desistir da F1 em nenhuma circunstância, segundo a 'AmuS'.

 

Diretor de corridas da McLaren, Éric Boullier disse em Spa que "com um motor Mercedes, seríamos dois segundos mais rápdos que a Williams". Mas o impasse permanece, sendo que a McLaren está à espera de uma decisão da Honda e vice-versa. Se os japoneses realmente deixarem a equipe, a Renault é a única escolha dos ingleses. 

 

Só que, neste momento, as opções do bicampeão do mundo também são limitadas, sendo que a melhor parece ser mesmo a Williams, que possui parceria técnica com a marca alemã. 

 

Alonso, por sua vez, disse que espera resolver sua situação quanto ao futuro nas próximas semanas, mas deixou claro que "é preciso haver alguma mudança." 

 

“Vamos ver como as coisas vão se desenrolar nas próximas duas ou três semanas. Sou apenas o piloto, de modo que meu trabalho é pilotar da forma mais rápida possível ao invés de tomar todas essas decisões. Eu posso escolher o melhor pacote, não o melhor motor”, explicou o veterano de 36 anos em entrevista à emissora Sky Sports.

 

“Acho que há muitas respostas que preciso encontrar. Não vão cair do céu. Precisamos sentar, trabalhar em cima disso e encontrar a melhor solução para o ano que vem”, acrescentou o espanhol em declaração ao 'Mundo Deportivo'.