AlphaTauri vê times grandes à frente, mas espera efeito de teto orçamentário em 2023

A AlphaTauri foi a quinta equipe da Fórmula 1 a revelar seu carro para 2022, com um lançamento por vídeo no site oficial realizado na manhã desta segunda-feira (14). Após a revelação do AT03, que será pilotado por Pierre Gasly e Yuki Tsunoda, foi realizada uma sessão de perguntas e respostas com os dois titulares da equipe e o chefe da escuderia, Franz Tost. E entre outros assuntos, o dirigente comentou sobre o novo teto de gastos da F1 em 2022 — que prevê diminuição em comparação ao ano passado.

A Fórmula 1 vai ter mais um corte no teto de gastos em relação a 2021 — quando o permitido era de US$ 145 milhões (aproximadamente R$ 762 milhões). A partir deste ano, o total máximo que as equipes poderão alcançar será de US$ 140 milhões (algo em torno de R$ 736 milhões). Assim, Tost acredita que isso pode diminuir a possibilidade de uma das equipes com maior poderio financeiro sair na frente das outras — apesar de não descartar a possibilidade.

“Acho que o teto de gastos terá um efeito, porque este ano foi reduzido em mais cinco milhões [de dólares]”, disse. “Deve fazer diferença, mas como as grandes equipes puderam se beneficiar de um número maior de pessoas até o verão do ano passado, é claro que tiveram uma vantagem. Eles foram capazes de fazer muito mais trabalho de pesquisa e desenvolvimento, especialmente usando ferramentas de simulação, e puderam experimentar várias filosofias de design diferentes para encontrar a melhor solução para eles”, considerou.

“Portanto, pode ser que as equipes de ponta ainda tenham uma vantagem, mas a diferença entre as equipes de ponta e o resto do pelotão deve ser menor e todos os carros devem estar muito mais próximos”, previu. “Com esta nova era de carros, devemos ter mais ação na pista e um campo mais compacto, o que se traduz em mais diversão para os espectadores”, torceu Tost.

O chefe da AlphaTauri acredita que com os novos carros — mais caros do que os anteriores —, será mais difícil para as equipes se manterem abaixo do teto de gastos a partir de 2023, quando haverá nova redução para US$ 135 milhões (R$ 709 milhões). Assim, as escuderias maiores vão sentir de forma mais drástica a limitação.

“No entanto, acho que o efeito total do teto de custos só será visto em 2023 com uma redução ainda maior do orçamento, porque nesse ponto nenhuma equipe terá vantagem, e todos terão que se cuidar para ficar dentro do teto de custos”, opinou. “No ano passado, o teto de custos não nos preocupou absolutamente, pois operamos em um nível muito abaixo dele, mas parece que esses carros completamente novos são muito mais caros do que os dos anos anteriores. Isso tornará difícil para todas as equipes permanecerem dentro dos limites, mas ajudará a aproximar os carros em termos de desempenho e acho isso muito positivo”, afirmou.

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Por fim, o chefe da AlphaTauri destacou o ano de 2021 da equipe, em que conseguiu passar dos 100 pontos na tabela de Construtores e alcançou seu melhor desempenho na história da Fórmula 1. Com a dupla de pilotos mantida para 2022, Tost espera que o rendimento possa aumentar ainda mais este ano.

“Estou satisfeito com a forma como a temporada de 2021 foi como um todo, terminando com nossa melhor pontuação de todos os tempos”, disse. “Temos uma equipe forte trabalhando em Faenza e Bicester, além de vários parceiros muito bons, que colaboram conosco, e esperamos continuar nosso forte desempenho em 2022”, encerrou Tost.

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