Alpine altera estrutura organizacional e revela “limpeza” no quadro de funcionários
Conselheiro executivo da Alpine desde junho, Flavio Briatore explicou as mudanças internas que realizou nos últimos meses e disse que o número de colaboradores caiu "de 1150 para 850"
Flavio Briatore realmente virou os bastidores da Alpine de cabeça para baixo desde que recebeu o convite de Luca de Meo, presidente da Renault, para retornar à Fórmula 1 e assumir a função de conselheiro executivo da equipe francesa, no fim de junho. O dirigente disse que precisou fazer uma verdadeira “limpeza” no quadro de funcionários e voltou a adotar o sistema de trabalho com o qual se habituou no passado.
O time de Enstone tirou ótimo proveito das condições adversas no autódromo de Interlagos e conquistou um pódio duplo com Esteban Ocon e Pierre Gasly no GP de São Paulo, realizado no último domingo (3), escalando a classificação do Mundial de Construtores e superando Williams, RB (Visa Cash App RB) e Haas. Com 49 pontos acumulados até aqui, a escuderia comandada por Oliver Oakes deixou o Brasil extremamente satisfeita com a possibilidade de faturar muito mais do que era esperado em 2024.
Figura controversa no ambiente da categoria principal do automobilismo, já que ficou negativamente marcado pelo escândalo do ‘Crashgate’ no GP de Singapura de 2008, a volta do italiano ao paddock fez muita gente torcer o nariz. A Alpine, no entanto, acredita que Briatore é a pessoa certa para colocar as coisas nos trilhos mais uma vez. O chefão realmente arregaçou as mangas e admitiu que mudanças organizacionais já aconteceram.
“Fizemos uma pequena limpeza de primavera este ano. Voltamos ao sistema onde as pessoas trabalham na equipe de corrida, e não em escritórios. Colocamos tudo de volta onde deveria estar”, começou em entrevista à Sky Itália.
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“Agora, a Alpine está operando de forma totalmente independente, assim como acontecia na época da Renault. Os engenheiros voltaram a ser exclusivamente engenheiros para a equipe de Fórmula 1. O foco está totalmente na equipe mais uma vez. Aqueles que tinham de partir, já se foram. Quando vim para a Alpine, havia 1150 pessoas empregadas, agora são 850”, revelou.
Por fim, explicou a forma como aborda a parte gerencial e fez até uma breve menção ao resultado adquirido no circuito brasileiro. “Quando a equipe é mais competitiva, é mais fácil correr riscos. No Brasil, éramos muito fortes em pista molhada, então corremos riscos que valeram a pena. Claro que os pilotos também fizeram a sua parte e tiveram um bom desempenho”, encerrou Briatore.
A Fórmula 1 agora volta às pistas para o GP de Las Vegas, nos Estados Unidos, entre os dias 21 e 24 de novembro. Depois, realiza corridas no Catar, última sprint do ano, e Abu Dhabi.
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