Alpine planeja definição sobre motor “em 4 semanas” e sinaliza acordo com Mercedes

Luca De Meo, CEO do Grupo Renault, reforçou que a decisão sobre os motores da Alpine a partir da F1 2026 ainda não foi tomada e que será definida em breve

A novela envolvendo o futuro dos motores da Alpine na Fórmula 1 continua criando um ambiente bastante tenso dentro da equipe francesa. No final de julho, Bruno Famin, então chefe de equipe do time de Enstone, confirmou que a equipe deixaria de usar motores Renault e que a produção de unidades de potência seria descontinuada. Segundo o dirigente, os recursos seriam deslocados para a criação de “novas tecnologias”.

Depois, a equipe passou a avaliar a possibilidade de virar cliente dos motores Mercedes a partir de 2026, negociação que evoluiu ao longo das últimas semanas. A notícia provocou, inclusive, protestos de funcionários da da fábrica de Viry-Chatillon, na França, durante o último fim de semana, em Monza. Os trabalhadores exibiram uma faixa com a inscrição “nos deixe correr”, pedindo a manutenção da fábrica para “salvar 50 anos da Fórmula 1 na França”. O grupo destacou, ainda, os anos em que motores Renault foram campeões da categoria: 1992199319941996199720052006201020112012 2013.

Apesar de todo o imbróglio, a situação ainda não está definida, mas deve ser tomada nas próximas semanas. Pelo menos é o que garante Luca De Meo, CEO do Grupo Renault. “Temos quatro ou cinco semanas para definir a situação na diretoria. Estamos analisando como administrar o departamento de F1 a partir de 2026 para sermos mais competitivos e estamos avaliando todas as oportunidades. A ideia de mudar para os motores Mercedes está na mesa, mas posso garantir que não há uma escolha ainda”, afirmou o dirigente à revista inglesa Autosport.

“Se fizermos uma análise puramente financeira de quanto custa fabricar uma unidade de potência para 2026 internamente e quanto se poderia economizar com um motor de cliente, a diferença se torna abismal. Quem olha para os números, vê apenas como poderia entrar em 2026, no novo regulamento da F1, com um projeto mais competitivo, mas menos caro”, completou De Meo.

A Renault pretende encerrar a produção de motores para a F1 após 2025 (Foto: AFP)

O dirigente explicou os funcionários da fábrica também estão trabalhando em outros projetos e negou a possibilidade de venda. Para ele, diversos fatores serão analisados antes da decisão final ser tomada pelo conselho da montadora envolvendo o futuro da Alpine.

“Não estamos vendendo nada. Na Viry Chatillon, há pessoas capazes e preparadas que estão trabalhando não apenas na F1, mas iniciamos importantes projetos inovadores não apenas no automobilismo, por isso precisamos manter a calma para que possamos chegar às melhores escolhas. Dito isso, eu acrescentaria que a proposta está na mesa, mas não houve nenhuma decisão do conselho. Esse é um dos aspectos que está sendo discutido com muitos outros pontos importantes sobre como abordaremos a F1 no futuro”.

“É aqui que entram em jogo muitos outros fatores que levarão a uma decisão: o que o marketing pensa? Quais seriam as repercussões negativas dessa escolha diante de uma enorme economia financeira? O quadro financeiro precisa ser cruzado com todo o resto. A ambição é construir um projeto competitivo e as escolhas, portanto, incluem muitos fatores que terão de ser avaliados com muito cuidado”, concluiu o CEO da montadora francesa, na qual a Alpine faz parte.

Fórmula 1 agora só volta às pistas entre os dias 13 e 15 de setembro para o GP do Azerbaijão, em Baku.

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