Aos 70 anos, Scheckter revela segredo do sucesso: “Ouvir sua mãe e ser você mesmo”

Jody Scheckter, o campeão mundial de Fórmula 1 em 1979, completa 70 anos de idade nesta quarta-feira (29). E o sul-africano resolveu dar alguns conselhos para ele mesmo na juventude

Esta quarta-feira (29) é dia de comemorar o aniversário do único campeão mundial africano da história da Fórmula 1: Jody Scheckter completa 70 anos. E para celebrar, o campeão de 1979 concedeu entrevista ao site da F1 para falar sobre o que diria hoje para ele mesmo no começo de carreira. O ex-piloto da África do Sul destacou duas coisas: escutar o que sua mãe tinha para falar e ser apenas Jody. 
 
Scheckter participou de 112 GPs da F1 entre 1972 e 1980. Venceu dez corridas, foi a 33 pódio e guiou por McLaren, Tyrrell, Wolf e Ferrari, por onde garantiu o título de 1979 – a equipe italiana só recuperou o caneco do Mundial de Pilotos em 2000, com Michael Schumacher. No conselho a si próprio destacou ainda que não havia necessidade de tentar ser qualquer outra pessoa e que, apesar dos erros, deveria seguir tentando contanto que não machucasse alguém.
 
"Acredito que devia ouvir sua mãe e ser vocês mesmo. Essa coisas são as mais importantes. Ser você mesmo e não querer ser outra pessoa é provavelmente o maior segredo do sucesso. Os desafios que você vai encontrar são estar fora de seu país, vai dividir um apartamento na Inglaterra com outras seis pessoas, mas vai ter uma ótima vida. Claro que vai passar por momentos difíceis", disse.
 
"Vai querer ganhar de todos, fazer a volta mais rápida, mostrar a todos como pode pilotar na frente e vai errar algumas vezes, provavelmente causar acidentes, mas não se preocupa por isso. Se está fazendo tudo corretamente, se não está atrapalhando os outros, simplesmente tem que tentar outra vez. Simplesmente ande tão rápido quanto pode, faça o que puder", seguiu.
Gilles Villeneuve e Jody Scheckter foram os nomes de 1979 (Foto: Terceiro Tempo)
Outra coisa que Scheckter recordou foi que teria de lidar com situações trágicas, como acidentes graves e mortes. Apenas nos anos em que esteve na F1, Scheckter lidou com nove acidentes fatais: Roger Williamson, François Cevert, Peter Revson, Helmuth Koinigg, Mark Donohue, Tom Pryce, Brian McGuire, Ronnie Peterson e Patrick Depailler.
 
"Este esporte é perigoso. Verá coisas que não vai gostar e muitos pilotos sairão feridos ou morrerão ao seu redor. Vai sentir muito, mas quando voltar ao carro tudo isso ficará para trás. É parte de estar na F1. Se não acredita que a F1 é tudo na sua vida, provavelmente nem deveria estar aí", continuou.
 
E, claro, o auge. "Um dia será campeão do mundo. Acredito que o mais importante é sua carreira e sobretudo manter os pés no chão. Ganhar é divertido, mas é difícil. É uma grande diversão, mas ter certeza de que pode ganhar requer grande trabalho. Dê o seu melhor e que os outros façam o mesmo", encerrou.
 
É a primeira entrevista de Scheckter após a trágica morte da filha Ila, de 21 anos, no último mês de outubro. 
 

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