Após fim de casamento com McLaren, Honda busca volta por cima na F1 em acordo de vários anos com Toro Rosso

Após uma passagem desastrosa como parceira da McLaren, a Honda não desistiu da F1 e encontrou guarida em Faenza, onde certamente vai ter menos pressão enquanto finalmente tenta entregar um motor verdadeiramente confiável e potente. Ao mesmo tempo, trata-se de uma mudança de rumos para a Toro Rosso, que vai servir de ‘cobaia’ para a Red Bull caso a Honda encaixe um bom trabalho

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Desde que voltou ao Mundial de F1 como fornecedora de motores da McLaren, em 2015, a Honda colecionou insucessos, quebras, críticas de todos os lados e virou até motivo de chacota daquele que seria seu principal representante nas pistas neste período: Fernando Alonso. Mas fábrica de Sakura não desistiu de voltar a ser grande na F1. Depois de ser dispensada pela equipe que um dia ajudou a conquistar oito títulos mundiais — quatro de Pilotos e outros quatro de Construtores —, a icônica marca japonesa encontrou guarida na Toro Rosso e fechou um acordo válido por "vários anos", oficializado nesta sexta-feira (15) em Singapura, na esteira do acerto envolvendo McLaren e Renault, também válido até 2020. 

Chefe de equipe da Toro Rosso, Franz Tost também exaltou a nova parceira técnica. "Todo mundo na nossa equipe está muito ansioso para trabalhar com a Honda. Desde de seu fundador, Soichiro Honda, que inovou com as motocicletas, as corridas sempre desempenharam um papel central nesta empresa. É um desafio e espero ambas as partes possam ter um desenvolvimento conjunto", afirmou o austríaco.

"A Honda tem uma longa história na F1, que remonta a 1964, quando entrou pela primeira vez no esporte com equipe própria. Como fornecedora de motor, já ganhou cinco vezes o Mundial de Pilotos e seis o de Construtores. Esta herança, juntamente com a plena confiança que temos na capacidade da Honda em ter sucesso, nos fazem acreditar firmemente que alcançaremos um futuro próspero", completou.

Já Takahiro Hachigo, presidente da Honda, agradeceu à FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e ao Liberty Media pelo papel que ambos desempenharam na busca por um acordo que mantivesse a marca japonesa na F1. "A Toro Rosso é uma equipe experiente, mas com uma energia jovem e uma história de revelar talentos. Todos na Honda estão ansiosos para trabalhar com a Toro Rosso e estamos entusiasmados por começar este novo capítulo de nossa jornada na F1 com eles", falou o dirigente.

"Gostaria de expressas o nosso agradecimento ao Liberty Media e à FIA por sua cooperação para a realização desta parceria. A Honda e a Toro Rosso vão trabalhar como uma equipe para se esforçar para o progresso e um futuro bem-sucedido em conjunto. E também agradecemos o apoio de nossos fãs", acrescentou.

Para a Honda, é chegado o tempo de se reinventar, dar a volta por cima e, com a menor pressão que uma equipe do bloco intermediário exerce, finalmente buscar desenvolver um motor capaz de ser competitivo na categoria. E caso a fornecedora tenha êxito na sua missão, o acordo com a pequena Toro Rosso servirá de trampolim para a gigante Red Bull, tetracampeã do mundo e uma das três melhores equipes do grid.

 
O acerto Toro Rosso-Honda começou a ser ventilado depois que a Sauber, que já tinha fechado um acordo com a fábrica de Sakura para 2018 e além, voltou atrás e optou pelo que julgou ser mais seguro: renovar a histórica parceria com a Ferrari e contar com motores de especificação atual a partir da próxima temporada, podendo se tornar uma equipe B de Maranello. Aí a Honda se viu sem chances de atingir seu objetivo: continuar na McLaren e expandir sua participação na F1 ao fornecer motores para uma segunda equipe.
Chefiada por Yusuke Hasegawa, a Honda vai trabalhar com menos pressão na Toro Rosso após fracassar na McLaren (Foto: Honda/LAT Photographic)
Pior, a parceria com a McLaren se tornou ainda mais frágil depois que Alonso, farto de tantos problemas, praticamente impôs um ultimato e condicionou sua permanência na equipe à saída da Honda. No fim das contas, o desejo do bicampeão do mundo foi atendido e oficializado nesta sexta-feira, embora a definição sobre o futuro de Fernando ainda vai estar pendente por mais alguns dias. 
 
Mas o divórcio entre McLaren e Honda só foi celebrado mesmo graças à Red Bull, uma vez que a Renault, que ainda tem contrato em vigor com a Toro Rosso, afirmou que não tem condições de fornecer motor para uma quarta equipe. Assim, a empresa dos energéticos abriu não dos propulsores franceses para seu time B em troca de virar laboratório no processo de desenvolvimento das novas unidades de potência da Honda a partir do ano que vem. 
A Toro Rosso vai servir para a Honda como laboratório visando 2019 e uma união com a Red Bull (Foto: Peter Fox/Getty Images)
A indecisão sobre o futuro da marca na F1 acendeu o sinal de alerta no Liberty Media, que se reuniu com a cúpula da Honda em Monza para evitar uma eventual retirada. Na esteira disso, o acordo Honda-Toro Rosso foi costurado com a bênção da Red Bull, enquanto a McLaren aguardava com ansiedade a hora de se divorciar para assinar um novo contrato com a Renault e garantir a permanência de Alonso.

As negociações envolveram a equipe italiana na figura de Franz Tost, Helmut Marko, conselheiro da Red Bull, e Masashi Yamamoto, diretor da Honda. Tudo com o objetivo de pavimentar o caminho para que a fábrica japonesa se torne parceira da Red Bull a partir de 2019, com o fim do contrato entre a equipe taurina e a Renault.

 
A confirmação entre Toro Rosso e Honda faz com que a equipe italiana trabalhe com a terceira fornecedora diferente de motores em três anos, visto que no ano passado o time contou com as unidades motrizes defasadas da Ferrari e, neste ano, usa o mesmo motor Renault da Red Bull e também da equipe oficial da fábrica francesa.

Com o acordo, surgem pelo menos dois pilotos com chances de ocupar uma vaga de titular da escuderia italiana na próxima temporada, levando em conta a iminente saída de Carlos Sainz para a Renault: despontam como candidatos o francês Pierre Gasly, campeão da GP2, um dos representantes da Honda na Superformula no Japão e é o próximo dentre os pilotos forjados pela Red Bull a ter uma chance no grid do Mundial; além de Nobuharu Matsushita, protegido da Honda e que atualmente corre na F2.

 
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