Após redução das férias pela metade, equipes defendem fechamento das fábricas e pedem mudança no calendário de 2016

Equipes se uniram para pedir uma mudança no calendário de 2016 da F1 para que o período de férias seja superior a duas semanas. Times destacaram que o programa do Mundial é muito exigente para os funcionários, pilotos e também para a imprensa

Os times da F1 não estão satisfeitos com a duração das férias da próxima temporada. As equipes pediram a Bernie Ecclestone que altere o calendário de 2016 para ampliar a pausa de verão, incorporando aí o fechamento obrigatório das fábricas.
 
Nos últimos anos, a pausa entre os GPs da Hungria e a Bélgica tem sido de três semanas — com duas semanas de fábricas fechadas —, mas no calendário aprovado pelo Conselho Mundial da FIA (Federação Interacional de Automobilismo) para o próximo ano, as férias seriam de apenas duas semanas.
Times da F1 querem alterar o calendário de 2016 (Foto: AP)
O calendário provisório divulgado pela entidade coloca o período de férias entre um par de corridas em sequência. Antes da pausa, as provas da Alemanha e da Hungria surgem seguidas, agendadas para 31 de julho e 7 de agosto, respectivamente. Após o período de descanso, Bélgica e Itália também aparecem em série, com a prova em Spa-Francorchamps marcada para 28 de agosto e a etapa de Monza prevista para 4 de setembro.
 
Entretanto, a realização da prova em Hockenheim segue ameaçada, assim como a de Monza, já que a pista italiana ainda não conseguiu um novo acordo com Bernie Ecclestone.
 
 No fim de semana do GP da Hungria, os times conversaram com Charlie Whiting e Bernie Ecclestone e afirmaram que querem debater a possibilidade de ampliar as férias.
 
“Acho que a pausa é uma coisa que é importante”, disse Christian Horner, chefe da Red Bull, em entrevista à publicação norte-americana ‘Motorsport.com’. “A F1 tem um calendário muito exigente para todos os envolvidos, não só para os técnicos e o pessoal da fábrica, mas para toda a equipe de apoio, FOM, a imprensa e assim por diante”, opinou.
 
“É importante ter esse momento para recuperar o fôlego. Então é uma coisa que foi levantada com Bernie, e, como já vimos algumas vezes, o calendário muda um pouco antes de outubro”, observou. “Não há novidade em o calendário mudar um pouco às vezes, mas, obviamente, têm muitas corridas amontoadas em um curto período de tempo. Normalmente acontece um pequeno ajuste, então não me surpreenderia se mudasse um pouco”, completou.
 
Chefe da McLaren, Éric Boullier seguiu a mesma linha e deixou claro que não seria uma surpresa ter uma mudança no calendário.
 
“Nós precisamos ter um fechamento de verão para as pessoas que viajam”, opinou. “Nós estamos discutindo quando nós podemos fazer isso e por quanto tempo será. Sempre tem pequenas mudanças no calendário, então temos esperar até o fim do ano”, destacou.
 
Chefe-adjunta da Williams, Claire Williams também defendeu um período de férias maior e avaliou que o calendário do Mundial é bastante desgastante.
 
“Da perspectiva da Williams, o fechamento da fábrica é importante”, afirmou Claire. “O calendário é longo e árduo, e as pessoas colocando sangue, suor e lágrimas nas corridas, e eles sacrificam muitas coisas para fazer isso”, destacou.
 
“Essas duas semanas, independente de qualquer outra coisa, permite que eles tenham tempo com suas famílias, uma vida normal e uma existência normal”, considerou. “Não ter isso é uma preocupação. Se conversasse com Bernie, usaria esses argumentos, já que isso é importante”, concluiu.
 
Também à publicação dos Estados Unidos, Ecclestone afirmou que não prevê mudanças na programação antecipada para o ano que vem.
 
O calendário aprovado pelo Conselho Mundial da FIA tem um recorde de 21 provas, com a temporada começando em 3 de abril, com o GP da Austrália, e terminando em 27 de novembro, no GP de Abu Dhabi.
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