Associação de Pilotos pede socorro e quer proteção antipalavrão da F1 em transmissões

Alexander Wurz, presidente da Associação de Pilotos de Grand Prix (GPDA), pediu ajuda da F1 para evitar que pilotos sejam expostos durante as transmissões das corridas, caso profiram algum palavrão

O presidente da Associação de Pilotos de Grand Prix (GPDA), Alexander Wurz cobrou uma ‘proteção’ da Fórmula 1 sobre as novas diretrizes divulgadas pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) envolvendo palavrões em declarações oficiais. O ex-piloto acredita que isso pode ser feito pela transmissão, produzia e controlada pela categoria e retransmitida para as emissoras parceiras ao redor do mundo.

“É uma grande questão. Talvez maior na mídia do que nas nossas conversas da GPDA. Acho que todos estão cientes de que os pilotos são modelos, que há uma responsabilidade nisso”, começou Wurz, em entrevista ao site neerlandês RacingNews 365.

“Não conheço nenhum piloto que queira se rebelar, mas também temos de entender que, no calor do momento, há momentos em que talvez uma palavra escape no microfone. Esperamos que os responsáveis pela transmissão [da TV] usem os ‘pis’ e também protejam os pilotos”, emendou o presidente da GPDA.

A polêmica alteração no Código Esportivo Internacional diz respeito ao acréscimo feito no artigo 12.2.1. O apêndice padroniza as punições que poderão ser aplicadas a pilotos das categorias que estão sob o guarda-chuva da entidade presidida por Mohammed Ben Sulayem — entre elas, a Fórmula 1 — em caso de “uso de palavras, ações ou escrita que causem lesão moral ou perda para a FIA, seus órgãos e executivos, mais especificamente sobre o interesse do esporte a motor e nos valores defendidos pela federação”, “má conduta”, “demonstrações políticas e religiosas” e “desrespeito a instruções sobre a participação de cerimônias oficiais”.

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Mohammed Ben Sulayem é o presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) (Foto: AFP)

Uma multa de € 10 mil (R$ 61 mil, na cotação atual) será aplicada para a primeira incidência. Porém, o regulamento também indica que elas podem ser quadriplicadas quando se trata da F1, chegando a € 40 mil (R$ 246 mil). Uma segunda incidência renderá multa de € 80 mil (R$ 493 mil) e suspensão de um mês, enquanto uma terceira resultará em multa de € 120 mil (R$ 742 mil) e dedução de pontos no campeonato.

O austríaco também valorizou a necessidade de ‘proteger’ os fãs da F1, sobretudo as crianças, de palavras inapropriadas, mas disse que falta diálogo entre FIA, F1 e pilotos para lidar melhor com a polêmica.

“Tenho filhos pequenos, quero que eles cresçam o mais protegidos possível, mas também existe um mundo real lá fora. Portanto, eu acho que se vocês se comunicarem diretamente uns com os outros, com o objetivo de estabelecer metas alcançáveis em conjunto, então conseguiremos isso”, afirmou.

Largada do GP de Abu Dhabi da F1 (Foto: AFP)

“Foi isso que fizemos nos últimos anos na GPDA. Ficamos sempre felizes se estivermos tendo um diálogo direto com os principais interessados”, concluiu Wurz.

Fórmula 1 está oficialmente de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.

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