Aston Martin admite falhas com atualizações na F1 2024: “Seguimos a direção errada”

A Aston Martin tem andado para trás na Fórmula 1. Apesar de estar na quinta colocação nos construtores, mesma posição que começou o atual campeonato, o time de Silverstone ficou muito distante das quatro melhores equipes e agora briga no pelotão intermediário por alguns pontos. Mike Krack, chefe do time, admitiu falhas nas atualizações e que tomaram um caminho errado no desenvolvimento para a temporada 2024.

Krack destacou que imaginava que a equipe iniciaria o ano ocupando a quinta colocação, mas reafirmou o que disse no lançamento do AMR24, que a ambição era ter uma plataforma capaz de progredir com as atualizações. Porém, a temporada prosseguiu e os pacotes adicionados ao carro não produziram bons resultados esperados.

“Começamos a temporada onde imaginava que estaríamos. A expectativa era ser a quinta equipe em termos de ritmo, o que se confirmou nas primeiras corridas. Talvez, tivemos lampejos com desempenho melhor nas classificações”, falou o chefe da Aston Martin.

“No entanto, quando começamos a desenvolver o carro, nós fomos para a direção errada. Não conseguimos adicionar desempenho com as atualizações, mas a concorrência conseguiu. Quando não se avança, se é ultrapassado. Acho que esse é um resumo justo do que aconteceu na primeira metade da temporada”, completou.

Krack apontou que não houve uma atualização específica que gerou o retrocesso da Aston Martin no campeonato, mas indicou que o tempo estagnado foi crucial para que a concorrência abrisse frente, além das equipes de trás alcançarem a equipe de Silverstone.

“Não [teve uma atualização que contribuiu ao retrocesso], mas quando analisamos nosso desempenho, identificamos Ímola como um ponto fraco, pois é um lugar onde todos levam atualizações. Se o carro não estiver desempenhando o que se espera, mas os outros conseguem — o que não posso confirmar, mas tenho de presumir —, isso significa um passo atrás. Essa é a dura realidade da Fórmula 1″, declarou.

“Tenho de dizer: os últimos dois meses foram muito difíceis em termos de análises, pois não se trata de uma descoberta instantânea sobre quais eram os problemas. É preciso tempo para entender. Depois, tomar as decisões e, em seguida, criar as peças necessárias. Nesse tempo, são cinco, seis, sete, oito corridas com a Aston Martin acumulando resultado negativos”, prosseguiu.

Krack sugeriu que o “reinício técnico” veio após a sucessão de provas andando mais atrás no grid, mas ressaltou a importância de entender os passos que estão sendo dado. O dirigente da Aston Martin também pregou paciência para a recuperação na temporada 2024 da Fórmula 1.

“Isso gera uma expectativa muito alta sobre o que fazer e o que arrumar. Decidimos adotar uma abordagem diferente, pois não se cumpriu o que esperávamos. Agora é como um pequeno reinício e desenvolvimento a partir desse recomeço”, comentou o chefe de equipe da Aston Martin.

“Novamente, temos de administrar as expectativas. Uma reviravolta em uma temporada tão intensa não se faz em cinco minutos. Precisamos estar cientes e confiantes de que a mudança de abordagem trará o desempenho que desejamos. Diria que o reinício técnico, como se faz para chegar lá ou como se desenvolve a aerodinâmica, se faz necessário entender os processo que nos levou a cada decisão”, encerrou.

Depois do recesso de verão, a Fórmula 1 volta entre os dias 23 e 25 de agosto para o GP dos Países Baixos, em Zandvoort.

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