Aston Martin cita evolução em 2023 e destaca papel de Stroll: “Elo consistente no processo”

A baixa consistência e a falta de competitividade marcaram a temporada de Lance Stroll em 2023, mas isso não foi um problema para a Aston Martin. Inclusive, Pedro de la Rosa, consultor dos britânicos, elogiou o trabalho do canadense e afirmou que ele foi um dos responsáveis pelo salto de desempenho que a equipe teve de 2022 para 2023.

A Aston Martin terminou a temporada 2022 da Fórmula 1 na sétima posição, empatada com a Alfa Romeo em 55 pontos. Em 2023, no entanto, a escuderia liderada por Mike Krack começou no Bahrein como a segunda força do grid, chegou a sonhar com uma vitória no GP de Mônaco, e conquistou oito pódios ao longo do ano.

O desempenho, embora tenha chamado a atenção do público, não foi uma surpresa para De la Rosa. De acordo com o espanhol, a evolução foi fruto do desenvolvimento aplicado na campanha passada.

“Eu estava no lugar certo na hora certa. Também é justo dizer que eu não teria entrado se não visse potencial, mas ainda assim tive um pouco de sorte. Sabia para onde estava indo. Quando cheguei, a equipe já estava confiante depois do desenvolvimento ao longo de 2022. Para o público, o início de 2023 pode ter sido uma surpresa, mas a equipe entendeu muito bem o carro e fez muitos avanços. Durante as férias, foi apenas uma questão de continuar o ritmo desse desenvolvimento”, contou o ex-piloto.

Ainda que Stroll tenha conseguido bons resultados nos GPs do Bahrein e da Austrália, não conseguiu acompanhar o ritmo do companheiro de garagem, Fernando Alonso. No fim das contas, Lando foi apenas o décimo colocado no Mundial de Pilotos. Embora o canadense tenha sido alvo de críticas, De la Rosa o defendeu e afirmou que Stroll foi um “elo importante” para a evolução mostrada no AMR23.

“São pequenos detalhes. É claro que a aerodinâmica tem um papel importante, mas acho injusto dizer que foi apenas uma atualização aerodinâmica. Todo o chassi, a suspensão, a direção assistida, todos os detalhes eram diferentes. No geral, foi um bom avanço em relação ao carro de 2022. No entanto, você nunca dá um grande passo em apenas uma área, é preciso focar em todas as partes. Mas ainda acho que Lance desempenhou um papel muito importante porque foi o único piloto que permaneceu na equipe. Ele contribuiu durante o período de pré-temporada e foi o elo consistente no processo”, finalizou o consultor da Aston Martin.

Depois de um início de ano dos mais surpreendentes, a Aston Martin perdeu força ao longo do ano, somou 280 pontos e ficou apenas na quinta posição no Mundial de Construtores depois de ser superada por Mercedes, Ferrari e McLaren. No entanto, Alonso foi capaz de garantir a quarta colocação entre os pilotos.

Com a temporada encerrada, a Fórmula 1 retorna apenas no ano que vem, no dia 2 de março, com a estreia do campeonato no GP do Bahrein.

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