Aston Martin abre Mês do Orgulho LGBT+ em parceria com iniciativa pioneira Racing Pride

A Aston Martin anunciou parceria com a Racing Pride, iniciativa pioneira que visa trazer atenção para a comunidade LGBTQIA+ no esporte a motor e promover a inclusão. A equipe de Fórmula 1 vai exibir os logos da Racing Pride em seus carros no GP da França, além de desenvolver atividades que reforcem os trabalhos em prol de inclusão e de pertencimento

Castroneves passou Palou para vencer a Indy 500 (Vídeo: NBC)

Mês do Orgulho LGBT+, o junho em 2021 será diferente para a Aston Martin. A equipe de Silverstone fechou uma parceria com a Racing Pride, que é uma iniciativa pioneira, com sede no Reino Unido, que busca trazer a atenção para a comunidade LGBTQIA+ no esporte a motor e promove a inclusão, não apenas de competidores, mas também de profissionais das mais diversas áreas, como engenharia, jornalismo e mecânica, e proporcionar iniciativas de pertencimento em meio a um ambiente cheio de amarras e preconceitos.

Como parte desta parceria com a Racing Pride, a Aston Martin vai promover, ao longo de junho, diversas iniciativas sociais e comunitárias para aumentar a conscientização sobre a diversidade e inclusão LGBTQIA+, como workshops, a construção e desenvolvimento de estratégias de apoio para membros da equipe e revisão completa das políticas internas. A Racing Pride também vai realizar, dentro da equipe de Silverstone, uma pesquisa interna para entender melhor a posição atual da equipe e realizar reuniões com o tema de inclusão e conscientização para a equipe de recursos humanos, gerência e a equipe de diversidade e inclusão.

A Aston Martin também vai estampar, no fim de semana do GP da França, o logo da Racing Pride nos carros de Sebastian Vettel e Lance Stroll.

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+Chegou a hora de incluir: como surgiu a iniciativa Racing Pride

Iniciativa pioneira de inclusão no esporte a motor, a Racing Pride vai se unir à Aston Martin em junho (Foto: Reprodução)

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Vettel, que já apoiou a causa LGBTQIA+ ao estampar no seu capacete as cores do arco-íris no fim de semana do GP da Turquia do ano passado, destacou a importância da iniciativa.

“Quero ajudar a destacar a positividade em torno da mensagem de inclusão e aceitação. Parabenizo as pessoas que impulsionaram a discussão que levou a uma inclusão mais ampla. Mas, igualmente, estou ciente de que é preciso fazer mais para mudar atitudes e remover muito da negatividade que ainda resta”, disse. “É ótimo ver a Aston Martin dar apoio a essa questão. Há um longo caminho pela frente, mas estou satisfeito por podermos desempenhar um papel positivo”, destacou o tetracampeão.

Lance Stroll disse que, “como piloto de corrida e figura pública, sou um apaixonado por construir a inclusão no mundo do automobilismo. Já estou envolvido em ajudar a desenvolver um programa de ciência, tecnologia, engenharia e matemática com a Cognizant [patrocinadora da Aston Martin] para jovens estudantes de engenharia, mas esta iniciativa é uma forma de sermos proativos como equipe para quebrar barreiras e promover positividade”.

“É também uma ótima forma de apoiarmos a iniciativa #WeRaceAsOne de forma mais ampla na Fórmula 1, e estou satisfeito que nossa equipe tenha encontrado sua própria maneira, única, de adicionar seu apoio a um programa muito confiável e que tem sido adotado por equipes de todo o pit-lane”, complementou o canadense.

Richard Morris, que é piloto profissional e cofundador da Racing Pride ao lado do jornalista Christopher Sharp, reforçou a importância da iniciativa e o tamanho da oportunidade de se aliar a uma equipe da Fórmula 1.

“Esta parceria marcante entre a Aston Martin e a Racing Pride terá um impacto positivo de forma muito ampla para a comunidade LGBTQIA+. Esperamos continuar a trabalhar em estreita colaboração com a equipe, que se esforça constantemente para criar uma cultura inclusiva, na qual todos os membros da equipe são respeitados, capacitados e valorizados. O compromisso da Aston Martin de ser líder na criação de uma verdadeira igualdade, o que essa parceria representa, será uma fonte de inspiração para a comunidade LGBTQIA+ dentro do esporte, entre sua base global de fãs e na sociedade em geral”, disse o britânico.

F1; FÓRMULA 1; SEBASTIAN VETTEL; FERRARI; GP DA TURQUIA;
Em 2020, Sebastian Vettel reforçou seu apoio ao movimento LGBTQIA+ nas cores do seu capacete (Foto: Scuderia Ferrari)

“É um passo extremamente significativo na jornada da Racing Pride para promover positivamente a inclusão LGBTQIA+ por meio do automobilismo”, acrescentou.

E é justamente o aspecto da inclusão que foi reforçado por Otmar Szafnauer, CEO e chefe de equipe sediada em Silverstone. “A Aston Martin está comprometida em ser um ambiente seguro e inclusivo para a comunidade LGBTQIA+, e nossa aliança com a Racing Pride nos permite promover essa ambição para nossa equipe, tanto em nível pessoal como profissional”, comentou o dirigente de origem romena.

“Ao trabalhar ao lado dos nossos amigos da Cognizant, estamos muito satisfeitos em poder comunicar uma postura mais proativa, especialmente durante o Mês do Orgulho Gay, mas estamos comprometidos com a igualdade dentro da organização, e esta é uma etapa em que devemos realizar para mostrar essa determinação. Além disso, esperamos que nosso envolvimento com essa questão sirva como um farol para que o resto do mundo do automobilismo siga o nosso exemplo”, finalizou.

Por que junho é o Mês do Orgulho LGBT

O marco que faz com que junho seja o mês de orgulho, debates e reflexão para a comunidade LGBTQIA+ é a chamada Revolução de Stonewall. Em 28 de junho de 1969, época em que relação entre pessoas do mesmo sexo era considerada crime nos Estados Unidos, a polícia invadiu um bar chamado Stonewall Inn, no bairro Greenwich Village, em Nova Iorque, considerado uma referência para jovens gays da periferia, transgêneros e frequentado também por drag queens, que em outros bares eram recebidas com bastante hostilidade.

Na madrugada daquele 28 de junho, a polícia deteve 13 pessoas, dentre funcionários e frequentadores, travestis e drag queens, que foram presos acusados de “violação do estatuto de vestuário”. À época, era exigido por lei que as pessoas usassem ao menos três peças de roupas consideradas apropriadas ao seu gênero.

Só que houve uma forte reação contra a repressão policial. Uma grande multidão se levantou e protestou por dias a fio, em movimento que ganhou muita adesão a cada dia e acentuou a tensão entre a polícia de Nova Iorque e os residentes nas cercanias do Stonewall Inn. Pela primeira vez até então, a comunidade LGBT contou com a adesão da sociedade e marchou contra o preconceito de forma espontânea e unida.

O ato de resistência ocorrido há pouco mais de 50 anos é uma das grandes inspirações deste Mês do Orgulho LGBT.

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