Audi confirma parceria com Sauber para entrada na F1 a partir da temporada 2026

A Audi escolheu a Sauber para a chegada na Fórmula 1. Até lá, a equipe vai manter correr com motores Ferrari, mas não confirmou se vai usar o nome da escuderia fundada por Peter Sauber

A Audi será mesmo parceira da Sauber em sua empreitada na Fórmula 1. As duas companhias anunciaram nesta quarta-feira (26) uma “parceria estratégica” que vai uni-las a partir da temporada 2026. Ainda, a montadora revelou que pretende adquirir uma parte acionária do Grupo Sauber para fincar de vez as raízes na categoria através da tradicional escuderia.

A montadora alemã havia confirmado os planos de entrada na F1 há dois meses, no momento em que a categoria voltava das férias para o GP da Bélgica. Não se tratava, no entanto, de surpresa ou segredo: a Sauber sempre foi vista como o alvo para que a Audi não tivesse de iniciar uma operação do zero na Fórmula 1, ainda mais pagando a taxa de US$ 200 milhões como novata.

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A parceria da Audi com a Sauber estabelece uma nova etapa do projeto desde o anúncio. Enquanto o novo motor de 2026 será desenvolvido no Motorsport Competence Center da Audi em Neuburg, a Sauber vai desenvolver e fabricar os carros em sua sede em Hinwil, na Suíça. A Sauber também será responsável pelo planejamento e execução das operações da corrida.

Não houve detalhes das partes, mas o site alemão Motorsport-Total divulgou que a Audi deve adquirir 75% das ações da base de Hinwil.

A Audi confirmou a entrada na F1 a partir da temporada 2026 junto com a Sauber (Foto: John Thys/AFP)

A Sauber ainda vai correr mais um ano aliada à Alfa Romeo. Em 2024 e 2025, o time confirmou que vai manter os motores Ferrari, mas não está claro se a equipe vai voltar a usar o nome com o qual apareceu no grid da Fórmula 1 na década de 90, fundado por Peter Sauber.

Também não se tem conhecimento dos planos da Alfa Romeo na F1 a partir do fim da temporada 2023: há tanto indicação de permanência na categoria quanto avaliação para entrada em outros campeonatos.

Atual chefe de equipe da operação que carrega o nome da Alfa Romeo, Frédéric Vasseur afirmou que a parceria “é um passo fundamental para nossa equipe, à medida que continuamos progredindo em direção à frente do grid”. “Tornar-se a equipe oficial de trabalho da Audi não é apenas uma honra e uma grande responsabilidade: é a melhor opção para o futuro, e estamos totalmente confiantes de que podemos ajudar a Audi a alcançar os objetivos que eles estabeleceram para sua jornada na Fórmula 1”, acrescentou.

Na mesma linha foi Finn Rausing, presidente do Conselho de Administração da equipe. “A Audi é a melhor parceira estratégica do Grupo Sauber. É claro que compartilhamos valores e uma visão e esperamos alcançar nossos objetivos comuns em uma parceria forte e bem-sucedida”, disse.

Dias atrás, Adam Baker, responsável pelo projeto da montadora, afirmou que a expectativa é brigar por vitórias “em três anos”. “Entendemos a magnitude do desafio que temos pela frente. Estamos conscientes, mas queremos mostrar que podemos trabalhar e alcançar esse sucesso. Sabemos bem quais são os desafios.”

Mais de 120 funcionários já estão trabalhando no projeto. O cronograma até a primeira corrida com a participação da Audi na temporada de 2026 aponta a expansão das instalações de Neuburg em termos de pessoal, edifícios e infraestrutura técnica já a partir de 2023. Os primeiros testes com a unidade de potência desenvolvida para 2026 em um carro de teste de Fórmula 1 estão programados para 2025.

Em 2026, a Fórmula 1 passará por mais uma grande mudança, com a chegada dos motores com tecnologia sustentável, pré-requisito fundamental para a Audi decidir entrar no campeonato. As unidades de potência serão mais eficientes do que são hoje, como aumento da energia elétrica. O trem de força elétrico terá quase tanta potência quanto o motor de combustão interna, que chega a 400 kW. Os motores turbo de 1,6 L serão alimentados por combustível sintético sustentável que é neutro em CO₂, de acordo com os padrões estabelecidos pela União Europeia.

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