Bottas lidera TL1 acidentado na Rússia. Ricciardo é segundo e Hamilton, penúltimo
Com pneus macios, Valtteri Bottas foi o mais rápido de uma sessão marcada por rodadas e batidas leves em razão da pista com pouca aderência em Sóchi. Lewis Hamilton não chegou a andar com os compostos vermelhos
Sem surpresas, a Mercedes liderou com tranquilidade o treino livre 1 do GP da Rússia, décima etapa da temporada 2020 do Mundial de Fórmula 1. Valtteri Bottas, com pneus macios na sua volta mais rápida, registrou 1min34s923 e não sequer ameaçado por Lewis Hamilton. O hexacampeão mundial, que pode igualar o recorde de 91 vitórias que hoje ainda pertence a Michael Schumacher, dedicou a manhã a andar principalmente com pneus duros. Sendo assim, o piloto terminou somente em 19º e penúltimo colocado, 2s793 atrás do finlandês.
A sessão foi um tanto acidentada, fruto da pista com baixíssima aderência de Sóchi. Em circuito com pouca atividade ao longo do ano, vários pilotos rodaram e dois bateram: Carlos Sainz, com a McLaren, e Nicholas Latifi, com a Williams. No caso do canadense, a direção de prova optou por acionar a bandeira vermelha para fazer os reparos e retirar os detritos da pista.
Daniel Ricciardo, com pneus macios, superou Max Verstappen e colocou a Renault à frente da Red Bull. Em seguida, os carros da Racing Point fecharam o top-5 com Sergio Pérez e Lance Stroll. Esteban Ocon, com o outro carro da Renault, foi o sexto, à frente da AlphaTauri de Daniil Kvyat.
Alexander Albon, com a Red Bull, foi o oitavo, terminando logo à frente de Sebastian Vettel, que faz neste fim de semana seu GP 250 na Fórmula 1. Pierre Gasly, vencedor do GP da Itália no começo do mês, foi o décimo.
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Com céu azul, 28ºC de temperatura ambiente e 37ºC no asfalto, a Fórmula 1 iniciou o fim de semana da décima etapa da temporada 2020 na manhã desta sexta-feira em Sóchi e com a presença do público nas arquibancadas das estruturas do Parque Olímpico. Os pilotos aceleraram com os pneus C3, C4 e C5 como duros, médios e macios, respectivamente, sendo esta a gama mais macia disponibilizada pela Pirelli.
Entre as novidades para o fim de semana foi o retorno da Ferrari com a pintura habitual deste ano depois de ter usado o vermelho borgonha (ou vinho) para a etapa comemorativa em alusão das 1.000 corridas no Mundial de Fórmula 1.
Após as voltas de instalação para reconhecimento de uma pista pouco usada e, por isso, naturalmente com pouca aderência, as primeiras voltas foram registradas pela dupla da Mercedes. Valtteri Bottas aparecia em primeiro com 1min37s313, sendo seguido por Lewis Hamilton, que pode alcançar neste fim de semana a marca de 91 vitórias na F1, igualando o recorde outrora inalcançável de Michael Schumacher.
Depois, naturalmente, as marcas na pista russa começaram a cair. Sergio Pérez, de saída da Racing Point, Daniil Kvyat, da AlphaTauri, e Daniel Ricciardo, com a Renault, chegaram a ocupar a ponta da tabela de tempos.
Para Sebastian Vettel, de partida para a Aston Martin em 2021, o fim de semana também era especial por se tratar do GP 250 da sua laureada carreira na Fórmula 1.
Max Verstappen chegou a liderar com pneus duros e 1min36s731, mas o tempo foi superado com folga por Bottas que, com compostos macios, cravou 1min34s923.
Segundos depois, a McLaren enfrentou um imprevisto na sua programação para a manhã. Carlos Sainz sofreu com a falta de aderência, rodou na curva 7 e bateu com a asa traseira do MCL35 na barreira de pneus. A equipe pediu que o espanhol guiasse bem lento até os boxes. Por conta dos detritos espalhados na pista, a direção de prova acionou o safety-car virtual.
Antes do VSC, a transmissão mostrou também uma rodada de Kvyat, na curva 15, e também a reclamação de Charles Leclerc sobre Romain Grosjean, com quem o monegasco dividiu uma curva: “Ele achou que estávamos em uma corrida”, disse.
Outra novidade para o fim de semana é que a Honda providenciou novas unidades de potência para os carros de Verstappen, da Red Bull, e Pierre Gasly e Kvyat, da AlphaTauri, mas sem punições para os três. Alexander Albon, companheiro de equipe de Max, vai receber o motor atualizado mais adiante.
Com a pista liberada, Hamilton voltou à pista usando pneus duros, já usados. O piloto reclamou do alto desgaste dos compostos e chegou até a escapar da pista. Bottas, por sua vez, regressava com os pneus médios.
Mas o treino foi interrompido com bandeira vermelha quando restavam 36 minutos para o fim. Nicholas Latifi bateu forte na barreira de proteção da curva 10. O canadense da Williams, mais uma vítima do asfalto com quase zero aderência, informou à equipe que estava tudo bem.
Logo que a bandeira vermelha foi acionada, Sóchi viu outro incidente, desta vez fora dos boxes. De forma bizarra, um extintor de incêndio posicionado nas cercanias dos boxes da Red Bull disparou sozinho.
A bandeira verde foi acionada de novo quando restavam 27 minutos para seu desfecho. Àquela altura, a maior parte dos pilotos deixou os boxes com pneus macios.
Bottas, que estava na pista com pneus médios, viu Verstappen cravar 1min35s577, fazendo o trecho mais rápido no terceiro setor, e subir para segundo lugar. Pérez aparecia em terceiro, com Esteban Ocon em quarto e Kvyat em quinto. Vettel surgia na sexta posição, enquanto Hamilton era apenas o 17º antes de partir para um novo ciclo de voltas rápidas.
Em meio aos minutos finais do treino, vários pilotos melhoraram seus respectivos tempos. Ricciardo, por exemplo, subiu para segundo, com pneus macios, e superou Verstappen, enquanto Lance Stroll, com sua ‘Mercedes rosa’ sendo dotada de atualizações, era o quinto, atrás de Pérez.
Hamilton seguiu na pista com um longo stint usando pneus duros e, portanto, não tinha a perspectiva de melhorar seu tempo de volta. Já Verstappen reclamava muito de Gasly, que estava à sua frente em determinado momento do treino, o que levou o holandês a recolher para os boxes.
No fim das contas, a Mercedes fechou habitualmente na frente em Sóchi, mas com Bottas, que venceu na Rússia sua primeira corrida na F1, em 2017. Hamilton, por sua vez, optou por um programa de avaliar os compostos duros e, assim, ficou a 2s793 do seu companheiro de equipe.
Fórmula 1 2020, GP da Rússia, Sóchi, treino livre 1:
1 | V BOTTAS | Mercedes | 1:34.923 | 13 | |
2 | D RICCIARDO | Renault | 1:35.430 | +0.507 | 22 |
3 | M VERSTAPPEN | Red Bull Honda | 1:35.577 | +0.654 | 22 |
4 | S PÉREZ | Racing Point Mercedes | 1:35.796 | +0.873 | 23 |
5 | L STROLL | Racing Point Mercedes | 1:35.965 | +1.042 | 21 |
6 | E OCON | Renault | 1:36.061 | +1.138 | 23 |
7 | D KVYAT | AlphaTauri Honda | 1:36.230 | +1.307 | 22 |
8 | A ALBON | Red Bull Honda | 1:36.254 | +1.331 | 24 |
9 | S VETTEL | Ferrari | 1:36.323 | +1.400 | 23 |
10 | P GASLY | AlphaTauri Honda | 1:36.706 | +1.783 | 25 |
11 | C LECLERC | Ferrari | 1:36.896 | +1.973 | 23 |
12 | C SAINZ JR | McLaren Renault | 1:36.970 | +2.047 | 8 |
13 | L NORRIS | McLaren Renault | 1:37.110 | +2.187 | 28 |
14 | A GIOVINAZZI | Alfa Romeo Ferrari | 1:37.201 | +2.278 | 17 |
15 | K RÄIKKÖNEN | Alfa Romeo Ferrari | 1:37.230 | +2.307 | 23 |
16 | K MAGNUSSEN | Haas Ferrari | 1:37.430 | +2.507 | 22 |
17 | G RUSSELL | Williams Mercedes | 1:37.595 | +2.672 | 24 |
18 | R GROSJEAN | Haas Ferrari | 1:37.649 | +2.726 | 24 |
19 | L HAMILTON | Mercedes | 1:37.716 | +2.793 | 18 |
20 | N LATIFI | Williams Mercedes | 1:37.784 | +2.861 | 11 |
Tempo 107% | 1:41.568 | +6.645 |