Caterham reage à ação judicial e processa funcionários demitidos alegando acusações “prejudiciais”

Após funcionários demitidos anunciarem que entrariam com um processo contra a Caterham, o time da F1 reagiu e anunciou que vai processar o grupo alegando que eles fizeram acusações prejudiciais à marca

A Caterham anunciou na terça-feira (29) que vai entrar com uma ação na justiça contra os funcionários do time que foram demitidos pela nova direção da escuderia dias atrás. A medida do time de Laerfield é resultado do anúncio feito pelos trabalhadores de que iriam processar a escuderia alegando que foram dispensados sem aviso prévio e que não receberam tudo que deveriam
 
Depois de alguns dias em silêncio, a Caterham decidiu se manifestar e, em nota à imprensa, afirmou que as alegações feitas pelo grupo são mentirosas e prejudiciais à imagem do time.
Ex-funcionários explicaram situação contratual e alegam ter sido demitidos com carta em papel timbrado com a marca da Caterham na F1 (Foto: Caterham)
“A Caterham F1 leu com grande preocupação os relatos recentes sobre um grupo de indivíduos que alega demissão injusta do time da F1 após ser assumido por seus novos proprietários”, disse o texto. “O time agora está tomando uma ação legal contra as partes representando as preocupações individuais, e cada pessoa envolvida, buscando compensação pelos danos sofridos pelo time por uma interpretação grosseira dos fatos feita por todos esses interessados”.
 
De acordo com a Caterham, as alegações feitas pelos ex-funcionários estão erradas, já que não disseram exatamente quem era seu empregador. Ainda, o time negou que esses profissionais não tenham sido pagos. 
 
“Essas alegações incluem uma declaração de que eles foram dispensados do time da F1 da Caterham – isso é incorreto”, defendeu. “O staff do time da Caterham na F1 é empregado por uma companhia que é uma fornecedora da companhia que tem sua licença da F1, a licença que permite que dispute o Mundial de F1”, explicou.
 
“Além disso, o time leu alegações de que os funcionários não foram pagos em julho – de novo, isso é completamente inverídico”, garantiu. “Cada indivíduo atualmente empregado pela Caterham recebeu o salário de julho integralmente no dia 25 de julho, uma semana antes de ser formalmente devido, no último dia do mês, neste caso 31 de julho”.
 
“Um pedido formal para a retirada de tal declaração à imprensa foi feito no dia 28 de julho pela Caterham e o time vai vigorosamente prosseguir sua ação contra todos os interessados”, assegurou a nota. “Entretanto, não vai permitir que seja distraído do foco principal de conquistar o décimo lugar no Mundial de F1 de 2014, e se preparar para a campanha de 2015 e além”, completou.
 
Em resposta à Caterham, o grupo de ex-funcionários emitiu um novo comunicado à imprensa nesta quarta, alegando que receberam a comunicação da demissão em um papel timbrado, que levava a marca do time da F1.
 
“Como confirmado no contrato de trabalho daqueles que trabalham no time da Caterham, Caterham F1 é o ‘nome comercial do empregador e o nome do time de corrida no Mundial de F1’. Todos os demitidos estavam empregados na Caterham F1 por sua companhia operacional, a Caterham Sports Limited (companhia número 07042086, anteriormente 1Malaysia Racing Team (UK) Limited)”, começa o texto.
 
“A carta de demissão foi feita em um papel timbrado da Caterham F1 e a demissão foi justificada como ‘após a mudança de proprietário e, como resultado da atual posição financeira que os novos donos herdaram, sua posição na Caterham Sports Ltd foi encerrada com efeito imediato… Você está sendo demitido em lei por Alguma Outra Razão Substancial.”
 
“O site da Caterham F1 confirma a mudança de proprietário no dia 2 de julho de 2014. A demissão sumária de funcionários pela Caterham foi feita sem aviso ou consulta, o que é uma quebra das leis de trabalho e contrato, e vai resultar em pedidos significativos de compensação.”
 
“Em relação ao pagamento, aqueles demitidos em 15 de julho de 2014 foram avisados por escrito de que seriam pagos pelo período de 1 a 15 de julho. A menos que a posição tenha mudado, fomos informados que aqueles que representamos ainda não foram pagos no que seria a data normal de pagamento, em 25 de julho, nem até o dia 28 de julho. Entende-se que aqueles que nós representamos que foram demitidos em 24 de julho de 2014, podem não ter recebido ainda por julho. Se aqueles demitidos fossem pagos agora, isso, obviamente, seria bastante bem-vindo.”
 
“Os advogados dos demitidos escreveram para a Caterham no dia 25 de julho de 2014, pedindo uma resposta para os assuntos acima e convidando para um acordo por meio da ACAS [organização de apoio às relações de trabalho] ou em discussões cara a cara. A resposta da Caterham foi de que a correspondência era indesejada”, completou.
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