CEO da F1 admite que Ímola corre risco de entrar em rodízio do calendário da F1 no futuro
Stefano Domenicali cobrou mais investimentos e deixou claro que o palco do GP da Emília-Romanha pode sofrer o mesmo destino de Spa-Francorchamps. E sobrou até para Monza, que renovou o contrato com a Fórmula 1 recentemente
Após o anúncio da renovação do contrato do GP da Bélgica, ficou claro que haverá algum tipo de rodízio no calendário da Fórmula 1 nos próximos anos, e, por isso, outros circuitos tradicionais ligaram o sinal de alerta sobre a possibilidade de não sediarem mais corridas. De acordo com o CEO da categoria, Stefano Domenicali, o autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, por exemplo, pode sofrer o mesmo destino de Spa-Francorchamps.
Com o crescimento da popularidade da classe rainha ao redor do mundo e o maior interesse da parte de diversos países em se tornarem palcos de uma etapa, a programação das temporadas futuras virou tema de grande debate. Por causa da reclamação permanente de pilotos e equipes, que rejeitam a ideia de um número maior do que 24 provas por ano, a F1 tem buscado encontrar maneiras de agradar a todos os envolvidos.
Enquanto países como África do Sul e Ruanda — que, inclusive, oficializou a candidatura junto à Federação Internacional de Automobilismo (FIA) no início de dezembro — estão investindo pesado para atrair a classe rainha, palcos históricos do calendário correm contra o tempo para não serem deixados de fora dos planos por causa da falta de investimentos. E Ímola, que possui um acordo até o fim de 2025, se encaixa nesse grupo.
“Devemos agradecer ao circuito de Ímola, porque foi ele quem salvou o Mundial durante o período da Covid. Isso nunca deve ser esquecido”, disse Domenicali em entrevista ao semanário italiano Autosprint. “No entanto, há a vontade de continuar e dar sequência a um projeto, e o de Ímola, que é um circuito importante, poderia fazer parte do rodízio. Mas não com Monza”, continuou.
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“Certamente, se Monza não respeitasse os acordos feitos, uma candidatura forte com Ímola já estaria pronta. Nunca se sabe. Acredito que antes do início da próxima temporada teremos a definição sobre a posição do GP da Emília-Romanha”, declarou o CEO da F1.
Por outro lado, o palco do GP da Itália teve o contrato renovado recentemente, no fim de novembro. Mesmo assim, Domenicali fez questão de puxar a orelha dos organizadores e frisou que o simples fato de ser uma pista histórica não garante a permanência de Monza no calendário além do que já foi determinado.
“Renovamos o contrato com Monza com compromissos importantes em termos de obras de modernização de infraestruturas. O que foi feito em Monza no ano passado foi apenas um primeiro passo necessário. O conceito de que é uma sorte ser considerado um local histórico não significa que deva permanecer antigo”, cobrou.
“A historicidade só tem valor se for projetada para o futuro, e este é o desafio de Monza. O circuito não pode deixar de se modernizar. Mas devo dizer que, deste ponto de vista, o presidente do Automobile Club d’Italia, Angelo Sticchi Damiani, deu a cara. Teria sido muito difícil fechar o acordo sem o seu compromisso, mas também é claro que houve uma contribuição significativa a nível do governo regional para a parte econômica”, concluiu.
Agora, a Fórmula 1 está oficialmente de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.
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