CEO da Racing Bulls elogia lado pessoal e vê Verstappen como “modelo para F1 moderna”

Peter Bayer colocou Max Verstappen como "um dos maiores da história" da Fórmula 1, mas também fez questão de destacar o "senso de humor" e o lado "gentil e legal" do piloto nos bastidores

CEO da Racing Bulls, Peter Bayer mostrou ser um grande admirador de Max Verstappen, e não só pelo que o tetracampeão mundial costuma fazer nas pistas. Ao destacar tanto os resultados esportivos quanto o lado “gentil e legal” do neerlandês nos bastidores, o dirigente deixou claro que o piloto “é um modelo para a Fórmula 1 moderna”.

Em 2024, depois de dominar as primeiras corridas e sofrer para lidar com o crescimento dos principais rivais durante a segunda parte do ano, o dono do #1 alcançou mais um título na carreira e se colocou de vez entre os grandes da categoria. Além disso, a rápida ascensão no automobilismo, com vitórias no kart e a estreia pela então Toro Rosso quando tinha apenas 17 anos, em 2015, é algo que dificilmente será visto novamente nos próximos anos.

“Max é um modelo para a Fórmula 1 moderna. Ser o melhor no kart e depois entrar na F1 aos 17 anos”, disse Bayer em entrevista ao portal RacingNews365, antes de lembrar que, por causa de Verstappen, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) chegou a determinar 18 anos como sendo a idade mínima para um jovem chegar à classe rainha. “Ele até provocou Jean Todt (então presidente da FIA) a mudar a superlicença”, brincou.

“Como piloto, todos nós sabemos do que ele é capaz de fazer com aquele carro, mas estou mais impressionado com a forma como ele consegue simplesmente ignorar todo o barulho da Fórmula 1”, apontou. No ano passado, Max teve de lidar com uma crise interna na Red Bull após Christian Horner virar alvo de investigação, além das constantes especulações relacionadas ao seu futuro em outra equipe, como Mercedes ou até mesmo Aston Martin.

Peter Bayer elogiou tanto o lado profissional quanto o pessoal de Max Verstappen (Foto: FIA)

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“Todo dia ele chega com seus tênis brancos, jeans azul e camisa do time. Ele é legal com todo mundo, mas é um cara muito focado. Nunca vi ninguém tão focado em nada, e depois vai para casa para competir em corridas virtuais, e isso é algo que realmente admiro em Max”, admitiu o diretor da Racing Bulls.

Embora tenha sofrido para segurar o ímpeto da McLaren e da Ferrari durante boa parte do ano passado, Verstappen conseguiu colocar um ponto final no campeonato de maneira antecipada, no GP de Las Vegas — antepenúltima rodada. Ainda que o troféu só tenha sido conquistado na Cidade do Pecado, a performance no Brasil, mais de 20 dias antes, foi a que ficou marcada na história. Debaixo de chuva, largou da 17ª posição e ainda conseguiu subir no degrau mais alto do pódio, ampliando a vantagem sobre Lando Norris — então principal rival — na classificação.

“Em Vegas, fui vê-lo para parabenizá-lo. Mais uma vez, ele estava ali de tênis, jeans, camiseta, com uma cerveja, e o cara tinha uma aura. Fora do paddock, onde não está sendo observado por um milhão de pessoas, ele é a pessoa mais gentil e legal que podemos imaginar. É genuíno e muito engraçado. E tem um ótimo senso de humor”, elogiou.

A vitória de Max Verstappen no Brasil entrou para a história da F1 (Foto: AFP)

“Talvez eu não devesse dizer isso, porque talvez ele não queira que as pessoas saibam, mas ele é espirituoso, é muito inteligente. Obviamente, é um dos maiores do esporte. Não há absolutamente nenhuma dúvida sobre isso”, cravou Bayer. “É um privilégio conhecer uma pessoa assim e trabalhar no esporte quando vemos coisas como as que acontecem no Brasil. Você senta no pit-wall, vê seu próprio carro, e vê o outro carro, e fica tipo: ‘O que está acontecendo? O que ele está fazendo?'”, concluiu.

Fórmula 1 está oficialmente de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.

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