Chefe assume culpa, mas crê que reação da Ferrari vai levar anos: “Não tem mágica”

Mattia Binotto ainda apontou que não há muito o que fazer com motor e o carro por conta das restrições implementadas pela F1 para controle de gastos

A Ferrari se mostrou bastante realista sobre o futuro na Fórmula 1. Mattia Binotto, chefe da escuderia, reconheceu que é um dos principais culpados da atual situação do time e disse crer que a inversão do cenário negativo pode demorar anos.

Sete etapas já foram disputadas na temporada 2020. Entretanto, após um início promissor com o pódio de Charles Leclerc no GP da Áustria, o time italiano tem sofrido para acompanhar o ritmo dos ponteiros. Inclusive, no GP da Bélgica, nenhum dos dois pilotos avançou ao Q2 da classificação, terminando a prova fora da zona de pontos, algo que não acontecia desde 2010.

“Quem é responsável? A equipe toda é responsável e eu, como chefe, em primeiro lugar. Se sou o homem certo ou não, eu não devo responder. Quanto tempo vai levar? Acho que se olharmos para todos os ciclos de vitórias que foram estabelecidos, são sempre muitos anos. Não há mágica na F1. Paciência e estabilidade são necessárias”, apontou o dirigente.

MATTIA BINOTTO; FERRARI;
Binotto se colocou como um dos principais culpados da situação (Foto: Scuderia Ferrari)

O novo regulamento técnico da F1 foi adiado e entra em vigor apenas em 2022. Até lá, a esquadra de Maranello vai ter de lidar com as diversas restrições de desenvolvimento implementadas pela categoria para cortar gastos.

“O motor está congelado neste ano, então não há nada que possamos fazer. Estamos desenvolvendo para o ano que vem. Está progredindo bem na área aerodinâmica no momento. O carro também tem restrições. Então quais são os planos para nós? O principal é focar nas próximas temporadas”, pontuou.

“Primeiro em 2021, mas certamente também 2022. Acredito que para nos sairmos bem no próximo campeonato, precisamos entender as fraquezas desse ano e garantir que vamos solucioná-las”, encerrou o chefe.

Atualmente, a Ferrari assume a quinta posição da classificação de Construtores, dois pontos atrás da Renault. No Mundial de Pilotos, Leclerc aparece em quinto, com Sebastian Vettel sendo o 13º.

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