Chefe da Aston Martin defende regras de 2026 na F1: “Objetivo é ter corridas animadas”

Mike Krack, chefe da Aston Martin na Fórmula 1, defendeu os objetivos por trás do novo regulamento de motores da categoria, previsto para estrear na temporada de 2026

A Fórmula 1 já se prepara para uma mudança radical com a introdução do regulamento de motores para 2026, mas o novo conjunto de regras passa longe de ser uma unanimidade entre equipes e pilotos. Em meio às críticas sobre as primeiras experiências com o novo carro, Mike Krack — chefe da Aston Martin — se posicionou de maneira diferente e elogiou a FIA por se preocupar com as escuderias ao planejar o futuro.

“Depois de falar com algumas pessoas, me acostumei com essas novas regras ao longo dos últimos meses. A FIA e a F1 têm um plano, e o objetivo é garantir que tenhamos corridas animadas”, destacou Krack. “As regras ainda não estão finalizadas e a FIA está colaborando ativamente com as equipes”, destacou.

“Eles são o grupo que governa. Teoricamente, poderiam fazer o que quisessem, mas querem a opinião e o apoio das equipes em quais áreas liberar e quais restringir”, explicou.

Segundo Krack, um dos motivos para a insatisfação de algumas equipes com o novo regulamento é a tentativa da FIA de impedir que uma marca entre no novo período com um domínio claro sobre as demais. Foi assim no início da Era Híbrida, com uma Mercedes avassaladora, e também no retorno do efeito-solo em 2022, quando a Red Bull tomou de assalto o comando da categoria.

Chefe da Aston Martin saiu em defesa das novas regras da F1 (Foto: Aston Martin)

“O que eles querem evitar é que tenhamos grandes saltos de performance entre as temporadas e a possibilidade de uma equipe dominar. Não é bom para o show. É por isso que eles foram tão cuidadosos e restritivos até agora. Também é a razão pela qual algumas equipes não ficaram felizes e divulgaram o descontentamento pela mídia”, afirmou.

“Na minha opinião, se trabalharmos com a FIA, podemos criar um produto animador, ter corridas excelentes e ver melhorias moderadas de performance ano após ano que não distorçam o show. Fazendo isso, podemos manter o crescimento do esporte, ter regras sensíveis e uma competição forte”, ponderou.

O chefe da Aston Martin também fez questão de lembrar dos fãs da categoria. Para Krack, a Fórmula 1 precisa considerar o fato de que ter conceitos muito técnicos pode afastar parte dos torcedores. O dirigente, então, quer que o esporte caminhe à frente, mas sem esquecer que o direcionamento do espetáculo precisa ser em direção aos fãs.

A Aston Martin fechou uma parceria com a Honda para os novos motores da F1 (Foto: Aston Martin)

“E também podemos criar algo para que os fãs entendam. Isso é muito importante e subestimado em muitos momentos. Não deveríamos nos colocar em uma posição de que a tecnologia tenha de ser explicada infinitamente. Há uma parte da torcida que quer mergulhar fundo na tecnologia (e, como engenheiro, ficaria feliz em ajudar e encorajá-la)”, disse.

“Mas não é a maioria. O que todos os fãs da F1 têm em comum é que eles querem poder falar sobre grandes pilotos competindo com grandes carros”, completou o chefe da Aston Martin.

Fórmula 1 agora faz a tradicional pausa para as férias de verão na Europa e volta de 23 a 25 de agosto em Zandvoort, para a disputa do GP dos Países Baixos.

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