Chefe da AlphaTauri diz que seria “injusto” começar temporada sem italianos

Com a Itália registrando mais de 2.000 casos de coronavírus, Ferrari e AlphaTauri encaram dificuldades de levar funcionários às sedes dos GPs. O chefe da equipe alvinegra, Franz Tost, pediu que a temporada 2020 só aconteça com grid completo

Já são mais de 2.000 casos de coronavírus na Itália, terceiro país mais afetado pela epidemia no mundo. A situação no país europeu é particularmente preocupante para uma Fórmula 1 que vê no horizonte restrições de viagens e risco de infecções, panorama que criou a possibilidade de a temporada 2020 começar sem equipes italianas no grid. Uma delas, a AlphaTauri, não perdeu tempo e já deixou claro: seria “injusto” abrir o campeonato sem o grid completo.
 
“Se algumas equipes não conseguirem correr por qualquer motivo que seja, e não sou eu quem pensa nisso ou toma decisões, eu acredito que seria injusto começar a temporada”, disse Franz Tost, chefe da AlphaTauri. “É uma grande desvantagem, independente de contra quem seja”, destacou.
 
Ainda não houve qualquer sinal de que a F1 de fato precisaria abrir o campeonato sem a presença de italianos no paddock. A Austrália, que abre a temporada em menos de duas semanas ainda não aplica restrições à entrada de pessoas originárias do país europeu, por exemplo. A situação começa a complicar nas etapas seguintes, no Bahrein e no Vietnã: o primeiro toma postura mais rígida a respeito da entrada de visitantes, enquanto o segundo já restringe diretamente o fluxo de italianos em solo nacional.
Equipe italiana, a AlphaTauri não quer saber de perder etapas da F1 (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

Acontece que um veto a italianos não significaria a ausência de apenas duas equipes, Ferrari e AlphaTauri. Haas e Alfa Romeo também teriam grandes chances de ficar de fora, já que necessitam de engenheiros de Maranello para operar os motores Ferrari. Em um panorama de quase metade do grid afetada, a situação se aproxima do insustentável.

 
Mesmo com tudo jogando contra no momento, Tost ainda acredita que a temporada 2020 vai seguir em frente, e talvez até mesmo com o número original de provas.
 
“Eu estou otimista de que teremos 22 corridas porque em novembro e dezembro teremos muito tempo em que podemos correr. O mesmo vale para agosto”, encerrou.

A versão atual do calendário mantém o GP da Austrália como primeira corrida de 2020. A prova em Melbourne está marcada para 15 de março.

 

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