Chefe da Honda minimiza pressão, mantém otimismo e ainda crê em luta pelo pódio na temporada 2015

Comandante do projeto da Honda para a F1, Yasuhisa Arai disse que está sob pressão, não apenas da McLaren, mas da própria montadora japonesa, mas enxerga a situação como algo normal à sua profissão. “Espero seguir neste projeto e estou convencido de que a Honda confia em mim”

Yasuhisa Arai reconhece que está sob pressão. Cobrado publicamente por resultados imediatos pelo diretor de corridas da McLaren, Éric Boullier, o chefe da divisão de F1 da Honda não se furtou a falar sobre o atual momento da carreira, mas se mostrou muito tranquilo e considerou a situação algo normal.

“Recebo muita pressão, sobretudo da cúpula da Honda e dos meus companheiros de trabalho, mas é normal que seja assim. Acredito que eu tenho o que é preciso para comandar este projeto, mas não sou eu quem decidirá meu futuro, tampouco vai ser a imprensa ou a cúpula da McLaren. Espero seguir neste projeto e estou convencido de que a Honda confia em mim”, disse Arai, bastante confiante.

Nas suas declarações, Boullier ressaltou a diferença de filosofia da McLaren em relação à Honda, sobretudo quanto ao timing de resultados. “Enquanto a McLaren quer vencer amanhã, a Honda quer vencer em algum dia”, disse o engenheiro francês em entrevista à revista britânica ‘Autosport’.

Yasuhisa Arai entende que a pressão que sofre é normal e se vê seguro no posto de chefe da Honda na F1 (Foto: Getty Images)

Arai reconheceu as diferenças de pensamento entre as duas marcas, mas enxerga em tais diferenças algo positivo.

“Acredito que o método de desenvolvimento da Honda é diferente em relação ao da McLaren”, disse. “Somos uma equipe, o que significa que a McLaren coloca 100% em seu trabalho, e o mesmo acontece com a Honda. Estamos discutindo todos os passos deste projeto com a direção da McLaren. Sei que a McLaren está sob pressão dos seus patrocinadores, mas confiamos um no outro e nos ajudamos mutuamente”, acrescentou.

“Ter duas culturas distintas, a britânica e a japonesa, numa mesma equipe, nos torna mais fortes e mais criativos. É uma união muito positiva e uma escuderia muito boa. Confio em todos eles, não estaríamos lutando tanto se não contássemos com seu apoio”, complementou o engenheiro japonês.

Em sua temporada de retorno à F1 como fornecedora de motores, a Honda soma 17 pontos, dos quais a maioria deles foi conquistada no GP da Hungria, prova que fechou a primeira metade da temporada. Fernando Alonso terminou em quinto lugar, enquanto Jenson Button foi o nono.

Daqui em diante, a Honda trabalha com a mentalidade de evoluir ainda mais, não apenas para a atual temporada, mas também já pensando em 2016. Em meio a tal evolução, Arai vai além e acredita em lutar por pódios ainda neste ano.

“Já estamos concentrando nossos esforços para 2016, mas também estamos concentrados na segunda metade de 2015. Valorizamos tanto 2015 quanto 2016 porque as regras serão as mesmas. O que significa que podemos desenvolver uma ideia para 2016 e, se isso funcionar, poderemos colocar em prática em 2015”, explicou.

“Vamos ver grandes melhoras em ambos aspectos, tanto no chassi quanto no motor. Depois de Spa, nosso objetivo é melhorar a cada corrida e espero que possamos começar a lutar pelo pódio. Nunca deixaremos de lutar em 2015”, concluiu.

Em maio, às vésperas do início da temporada europeia, Arai chegou a dizer que esperava que a McLaren brigasse por pódios a partir do GP da Inglaterra. Mas naquela corrida em Silverstone, tudo o que a equipe britânica conseguiu foi um décimo lugar de Alonso, marcando a primeira incursão do espanhol na zona de pontuação em 2015.

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