Chefe da Lotus elogia espírito de superação de Grosjean durante GP do Brasil depois dos atentados em Paris
Federico Gastaldi ressaltou o grau de concentração e espírito de equipe de Romain Grosjean, que fez um bom papel no GP do Brasil no último domingo e terminou em oitavo lugar depois de ter de lidar com a tristeza com a tragédia ocorrida na sexta-feira em Paris: “Temos de lembrar que somos seres humanos”
No fim de semana do GP do Brasil de F1, Romain Grosjean teve de lidar com uma situação até então inédita em sua carreira: correr e enfrentar a tristeza de ver seu país em meio às lágrimas em razão dos terríveis atentados ocorridos na última sexta-feira em Paris. Desde que soube da tragédia, ainda durante a noite em São Paulo, o franco-suíço que adotou a França como seu país para representar na F1, escreveu mensagens de repúdio à violência e solidariedade às vítimas e familiares. No sábado e no domingo, o piloto da Lotus também se manifestou em luto pelos mais de 129 mortos.
E durante o domingo, mesmo a toda a tensão sobre a qual esteve envolvido diante dos acontecimentos de sexta-feira, Grosjean fez um bom GP do Brasil e terminou na nona colocação, que se converteu em oitavo lugar com a desclassificação de Felipe Massa. Sua postura dentro e fora da pista, sobretudo quanto à concentração para lidar com uma carga emocional bastante pesada, foi motivo de elogio por parte do chefe-adjunto da Lotus, o argentino Federico Gastaldi.
Romain Grosjean correu no Brasil para homenagear as vítimas da tragédia em Paris (Foto: Reprodução/Twitter)
“Que Romain tenha terminado nos pontos é muito satisfatório. Obviamente, foi um fim de semana muito difícil para ele, mas para todos nós também. O que aconteceu em Paris foi muito triste, muito aterrorizante, e todos nós tivemos um fim de semana muito estranho”, declarou o dirigente, à revista britânica ‘Autosport’, depois da corrida.
“Romain conseguiu manter a concentração porque ele estava muito ferido. Isso também me afetou, de modo igual a todo o paddock, de modo que é possível imaginar o quanto foi difícil para ele, sobretudo por ser francês”, ressaltou o argentino, que procurou recordar sempre que o esporte é movido por humanos.
“Temos de lembrar que somos apenas seres humanos e que isso é apenas automobilismo”, concluiu Gastaldi.
Grosjean dedicou seu resultado no fim de semana à França. “Este final de semana foi bastante emocional, então é bom estar de volta nos pontos. Estou muito feliz com minha corrida, e acima de tudo, muito orgulhoso de poder ter dado de tudo pelo meu país. França, Paris, eu amo vocês”, disse o piloto, de partida para a Haas em 2016.