Chefe da Manor Marussia diz que adoção dos carros clientes deixaria “grande buraco” e provocaria desemprego na F1

John Booth, chefe da Manor Marussia, entende que a eventual adoção dos carros clientes pela F1 seria ruim. O Grupo de Estratégia iniciou um estudo sobre o tema e pode coloca-lo em prática na categoria

A cúpula da Manor Marussia voltou a se manifestar contra a proposta dos carros clientes na F1. Um estudo sobre o tema foi iniciado pelo Grupo de Estratégia, que considera a possibilidade de adotar o sistema. A Haas, nova equipe da F1, se mostrou favorável ao novo modelo, mas John Booth e Graeme Lowdon, responsáveis pelo comando da Manor Marussia, se posicionaram de forma contrária.

A razão é que uma mudança poderia acarretar um grande desemprego na F1. Além disso, a dupla entende que ficaria “um grande buraco”, uma vez que a equipe não seria mais capaz de construir e desenvolver seus próprios carros. Sauber e Force India também se posicionaram contrários ao tema.

A Manor Marussia é contra a ideia dos carros clientes na F1 (Foto: AP)

Ao site oficial da F1, Booth, chefe da equipe britânica, revelou seus temores caso a proposta dos carros clientes vá adiante. “Nossa equipe tinha por volta de uns 220 funcionários nos últimos meses, e 70% dessas pessoas são empregadas para construir e desenvolver nosso carro. Então, se você tirar essa necessidade, vamos perder mais da metade do que temos hoje”, explicou.

“A maior parte do que fazemos em pista é afinar este produto. Ficaria um grande buraco se não construirmos e desenvolvermos nossos próprios carros. Um enorme buraco”, comentou.

Graeme Lowdon, presidente e diretor-esportivo da Manor, foi além e disse que, num esporte como a F1, é fundamental que as equipes sejam capazes de construir e desenvolver seus próprios carros. “As pessoas dizem que é o ápice do automobilismo mundial, e acho que uma das razões para isso é porque você tem dez empresas muito especializadas resolvendo problemas diante de uma fórmula muito prescrita. E então, para mim, isso é inerente ao esporte.”

“Você tem de questionar qual seria o motivo para se fazer essa mudança. Se você não é um fabricante, posso ver a razão pela qual você gostaria de levar isso a cabo, mas se você é, não posso ver. Há muitas maneiras como a indústria poderia seguir em frente, e não vejo que essa mudança seja o fator crucial para permitir que a indústria cresça”, concluiu.

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