Chefe da McLaren sugere que F1 permita mudanças esporádicas na pintura dos carros ao longo do ano

Chefe da McLaren, Zak Brown afirmou que a F1 deveria considerar a possibilidade de permitir que os times alterem suas pinturas esporadicamente ao longo da temporada. O dirigente citou exemplos da Indy e da Nascar e considerou que seria uma chance de estabelecer uma nova relação com seus patrocinadores.

 

Pelo regulamento atual, os times devem usar a mesma pintura nos dois carros por toda a temporada.

 

Em 2008, porém, a Red Bull correu com uma pintura diferente para marcar a despedida de David Coulthard da F1. Alguns anos antes, no entanto, em 1999, a BAR tentou usar diferentes patrocinadores da indústria de tabaco, mas foi impedida.

“Acho que o que veríamos e o que eu apoiaria, e que não é atualmente permitido, é ― e a Indy faz isso, assim como a Nascar ― é mudar os esquemas de pintura ao longo do ano”, disse Brown no Fórum Empresarial de Líderes do Esporte a Motor. “Ainda que gostaria de ver isso nos dois carros, mas, se você vai para Mônaco e tem um grande programa com um de seus parceiros, e, por aquele fim de semana, você quiser se transformar em um carro da Dell Technologies ou qualquer que seja o caso, mas os dois seriam o mesmo”, seguiu.

 

“Então os fãs saberiam que é a McLaren, que é a Ferrari, qualquer que seja o time. Acho que poderia ser uma inovação com parceiros na F1 que não é tão extrema quanto ver carros diferentes com pinturas totalmente diferentes, porque acho que os fãs estão mais focados nos pilotos”, comentou.

 

Brown acredita, no entanto, que também é preciso impor limites para impedir que todos os 20 carros usem pinturas diferentes.

 

“Acho que [não acontece] na F1, porque cada time é reconhecido por sua pintura”, opinou Brown. “Acho que se você tiver 20 novas pinturas lá, pode começar a ficar confuso em relação a quem é quem, enquanto que na Nascar os fãs tendem a ser mais centrados no piloto, então eles vão reconhecer Jimmie Johnson no carro da Lowes, enquanto reconheceriam Fernando Alonso na McLaren. Então acho que o esporte é diferente”, concluiu.