Chefe da Mercedes age como mediador e tenta evitar sequência de ‘caso Racing Point’

Toto Wolff revelou que trabalha junto à Racing Point e também às equipes que anunciaram a intenção de recorrer da decisão tomada pela FIA no último fim de semana: Renault, Ferrari, McLaren e Williams. O austríaco até brincou: “Eles são todos muito teimosos, mas acho que avançamos um pouco”

Chefe da Mercedes, Toto Wolff começou a colocar todo o seu poder de influência na Fórmula 1 para mediar a mais nova polêmica da categoria: o ‘caso Racing Point’. A escuderia de Silverstone foi punida com a perda de 15 pontos no Mundial de Construtores e multa de € 400 mil (ou R$ 2,5 milhões) por ter usado no RP20, carro desta temporada, o duto de freio traseiro cujo projeto original é o do Mercedes W10, modelo com o qual a equipe de Brackley conquistou o hexacampeonato no ano passado. A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) entende que o carro em si é legal, mas que a irregularidade está no projeto da peça, que, a partir de 2020, é listada pelo regulamento técnico e precisa ser, originalmente, desenvolvida por sua própria equipe.

Entretanto, na esteira da decisão publicada pela FIA na última sexta-feira do fim de semana que marcou a disputa do GP dos 70 Anos da F1, Renault — que foi a artífice dos protestos que culminaram nas punições impostas à Racing Point —, McLaren, Ferrari e até a Williams revelaram a intenção de apelar por considerarem a sanção branda demais. Por outro lado, a Racing Point disse que pretende contestar por não concordar com a punição.

Desta forma, Toto Wolff entra em cena. O dirigente austríaco revelou à emissora britânica Sky Sports, pouco depois da corrida do último domingo em Silverstone, que tem atuado como mediador. O objetivo do chefe da Mercedes é evitar que o caso se arraste e vá para o Tribunal Internacional de Apelação da FIA.

Toto Wolff atua como mediador para evitar a sequência do ‘caso Racing Point’ (Foto Mercedes)

“Não acho que ninguém esteja interessado em continuar nisso para sempre e ir para o Tribunal Internacional de Apelação. Vai levar um ou dois meses até que o caso esteja com os advogados envolvidos e, portanto, todos estão tentando ser pragmáticos. Fui convidado para ser o mediador entre os dois grupos, o que tentei satisfazer”, contou.

Wolff até chegou a brincar com o impasse entre os dirigentes das equipes. “Eles são todos muito teimosos, mas acho que avançamos um pouco”.

O comandante da Mercedes acredita que uma definição sobre o assunto, se o caso vai ser arquivado ou terá sequência, será tomada em breve. “Agora, nas próximas 48 horas, devemos chegar a uma conclusão se os recursos permanecem mantidos ou se todos decidem que não vale a pena seguir por este caminho. De qualquer forma, a Racing Point foi punida”, lembrou.

Quando questionado se a postura da Mercedes em defesa da Racing Point pode representar uma parcela de culpa, Wolff ressaltou. “Não sofremos protestos. Não fizemos nada de errado. E acredito fortemente que a Racing Point não fez nada de errado”, disse.

“Acredito que se isso for parar no Tribunal Internacional de Apelação, os advogados têm uma opinião muito forte de que este caso tem pilares muito, muito sólidos e, portanto, todos estão tranquilos a esse respeito”, complementou Wolff. O ex-piloto avisa que, se a Mercedes for alvo de protestos, está tranquilo.

“Estou conversando com Ola [Kallenius, presidente da Mercedes] todos os dias, falando sobre coisas boas e ruins. Obviamente, nossa reputação é muito importante, mas está intacta. Se alguém pensa que fizemos algo errado, então deve protestar, e aí vamos ter o maior prazer em ir ao tribunal”, finalizou.

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