Chefe da Ferrari insiste em defender estratégias de 2022: “Não é nossa fraqueza”
Mattia Binotto segue isentando a Ferrari e seus estrategistas no desempenho aquém do esperado na primeira parte da temporada 2022 da Fórmula 1 e quer entender os motivos do F1-75 não desempenhar como esperado no início do ano
Mattia Binotto entrou no período de férias da Fórmula 1 sob bastante pressão. Se tem alguém que teve de dar muitas explicações sobre a performance e as estratégias da Ferrari em 2022, foi o italiano de 52 anos. Também pudera: a expectativa em torno do F1-75 no início da temporada não condiz com a realidade vivida pela equipe após 13 corridas.
Foram descuidos que culminaram em derrotas acachapantes em, pelo menos, três corridas: Mônaco, Silverstone e Hungria que contribuíram para o caos que gira em torno dos italianos neste momento do campeonato. À versão italiana do Motorsport, Binotto se manteve firme em defesa das decisões de sua equipe em 2022.
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“Acredito que temos excelentes pessoas fazendo estratégia na Ferrari e não vejo essa como uma de nossas fraquezas. Mesmo nas corridas que fomos mais criticados, como Silverstone e Paul Ricard, penso que foram escolhas difíceis, talvez infelizes, mas nem sempre erradas”, analisou.
Mattia seguiu em defesa da Ferrari mesmo após os problemas vividos em Hungaroring, última corrida antes do verão europeu. “Olhando para a temporada, acertamos na França, na Áustria, como em outras provas. Às vezes, se comete um erro, mas outros também erram. Não é apenas Inaki Rueda [chefe de estratégias da Ferrari], mas toda a equipe é ótima e conta com o meu apoio”, disse à Sky Sports.
Binotto entende que, na Hungria, houve uma falta geral de ritmo de corrida, afinal, o carro da Ferrari não respondeu como esperado desde os treinos livres e nas simulações de prova. “Nossa velocidade, de um modo geral, não foi boa o suficiente, independentemente dos pneus que usamos”. A escolha de pneus duros para Leclerc não funcionou e custou à equipe mais uma vitória, que caiu no colo de Max Verstappen.
“A análise que fizemos foi baseada nos dados que tínhamos, mas como falei anteriormente, não é sobre tentar compreender a estratégia, e sim por que não fomos competitivos nesta primeira metade da temporada, como imaginamos”, falou ao holandês RacingNews365.
O fato é que a Ferrari convive com falhas de confiabilidade, erros estratégicos e má comunicação que custaram pontos vitais para a equipe nesta primeira parte da temporada. E a soma disso tudo são apenas quatro vitórias – três com Charles Leclerc e uma com Carlos Sainz – e 97 de diferença no Mundial de Construtores para a líder Red Bull.
Se levar em consideração a quantidade de pontos dados pelo time de Maranello nesta temporada, a disputa poderia estar mais parelha pelo título. Mas o que se vê, de fato, é uma Mercedes batendo à porta na briga pelo segundo lugar. Já são 30 de margem entre ambas.
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