Coluna Apex, por Andre Jung: Desordenação motora

Com a conta encerrada, resta pouca coisa para conferir na reta final de campeonato. A disputa pelo vice já virou uma miragem para Sebastian Vettel, e quem será o quarto colocado não é assunto para empolgar

Com a conta encerrada, resta pouca coisa para conferir na reta final da F1. A disputa pelo vice já virou uma miragem para Sebastian Vettel, e quem será o quarto colocado não é assunto para empolgar.
 
Claro que o hat-trick de Nico Rosberg, que fez a pole, a melhor volta e venceu, alimenta a esperança de vermos Lewis Hamilton fora da zona de conforto em 2016. O alemão, se não tem o talento e o carisma de seu colega, também não é um perdedor conformado. Diante da possibilidade de mais uma temporada dominada pela Mercedes, é melhor torcer para vê-lo mais vezes como no GP do México.
 
Em meio ao panorama morno das favas contadas, o assunto que mobiliza atenções é o destino da Red Bull. Enquanto os bastidores fervem em conversações, nada de concreto emana para aplacar a fúria do relógio que insiste em nos aproximar do próximo ano.
 
A questão não é nada fácil. Arrogantes, os líderes da Red Bull sempre alimentaram uma relação tensa com a Renault. Mesmo durante os quatro anos de reinado de Vettel, certo desdém sempre esteve presente. Convictos de que ninguém é capaz de desafiar seus chassis, os dirigentes deixam as culpas no colo do fornecedor do propulsor, que pouco tem a ganhar ao empurrar a equipe. Se ela vence, é porque seu chassi é espetacular. Se ela perde, é porque a unidade de potência não é do mesmo nível.
 
Portanto, é fácil compreender as reticências de todos os fabricantes quando o assunto é equipar os Red Bull. Talvez convencido de que com seus recursos não seria difícil resolver o problema da motorização, Dietrich Mateschitz largou o pombo que tinha na mão e os outros estão voando muito alto.
(Ilustração: Marta Oliveira)
A queda de braço entre as montadoras e a FIA, que busca de todas as formas quebrar a rigidez do regulamento quanto às unidades de potência, deve ter uma solução. Nos próximos capítulos, se não houver acordo para 2016, com a possível saída da Red Bull por ausência de motorização decente, podemos prever uma revolução para 2017.
 
O México foi muito caloroso, dando pista (não resisti) de que a F1 ainda tem jeito. A corrida foi sem graça, mas a festa foi contagiante. Lembrei-me dos primeiros anos em Interlagos.
 
A briga dos finlandeses equilibrou e acho que vai ficar por isso mesmo. As duas batidas tiveram dinâmicas muito parecidas e eles já podem ficar quites. 
 
Mas, de todo modo, vai ser alguma coisa para se acompanhar nas duas corridas que encerram o campeonato.
 
Enquanto isso… 
 
…apagado, Felipe Nasr volta a ser dominado por Ericsson … 
 
…com pouca quilometragem, o jovem americano Alexander Rossi vem dominando amplamente Will Stevens, cotado para renovar com a Manor…
 
…os bastidores do GP do Brasil devem ser palco de muitas rodadas de negociações …
 
…desautorizado por Toto Wolff, Niki Lauda não deve permanecer na Mercedes.
 
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