Começo do zero e troca-troca de pilotos: como Liberty Media tenta garantir Force India no grid em Spa

A Force India depende da aprovação de todas as equipes do grid para poder correr neste fim de semana de GP da Bélgica. A revista alemã informa que o Liberty Media quer evitar a ausência da Force India e, por isso, tenta costurar um acordo com os times nesta quinta-feira

A Force India ainda está longe de estar garantida no grid do GP da Bélgica, prova que retoma a temporada 2018 da F1 após as férias de verão, neste fim de semana. Sob nova gestão após ter sido adquirida pelo consórcio liderado por Lawrence Stroll, a equipe baseada em Silverstone desembarcou em Spa-Francorchamps ‘sem nome’. Todos os seus equipamentos, do caminhão ao motorhome, não estampam as marcas da quarta colocada do Mundial de Construtores dos dois últimos anos. A ideia do consórcio é correr já neste fim de semana com nova identidade, mas legalmente é necessária a aprovação unânime das outras equipes do grid.
 
E é aí onde residem os problemas e onde o Liberty Media tenta trabalhar para evitar uma baixa no grid do GP da Bélgica. Segundo informa a revista alemã ‘Auto Motor und Sport’, a empresa dona dos direitos comerciais da F1 apresentou uma nova alternativa, que, caso aprovada pelas equipes, vai funcionar da seguinte forma: a ‘nova’ Force India perderia todos os pontos conquistados no Mundial de Construtores, o que daria vantagem às concorrentes, mas ainda conseguiria manter o dinheiro da premiação visando a próxima temporada. 
 
O acordo também envolve um intenso troca-troca de pilotos que pode mexer com três equipes e, de forma improvável, deixar Stoffel Vandoorne a pé.
A Force India chegou sem nome a Spa. E participação no GP da Bélgica está em xeque (Foto: Reprodução/Twitter)

Segundo a publicação alemã, Renault, McLaren e Williams recusaram, por motivos distintos, a inscrição da Force India no GP da Bélgica. Renault e McLaren decidiram pelo veto por preocupação sobre a chance de a nova Force India poder ser uma equipe B da Mercedes. Quanto à Williams, a ‘AMuS’ fala sobre “medos existenciais”, uma vez que Lawrence Stroll vai levar para Silverstone os patrocínios outrora recebidos pela histórica escuderia de Grove.

 
Por conta da recusa, o Liberty Media propôs uma segunda tentativa para salvar e garantir a nova Force India no grid: a equipe perde todos os pontos do Mundial de Construtores, partindo do zero no GP da Bélgica. A premiação a ser recebida ao fim da temporada vai ser referente à posição conquistada no campeonato, descartando os pontos conquistados até antes deste fim de semana. E ao menos uma quantia fica assegurada.
 
A decisão, seja ela qual for, deve ser tomada até esta quinta-feira, uma vez que as atividades de pista começam na sexta-feira em Spa-Francorchamps. O acordo, diz a ‘AMus’, também envolve mudanças importantes em cockpits de três equipes a partir do GP da Itália.
 
Assim, caso as negociações passem, Monza já poderia ver Lance Stroll como piloto oficial da equipe que tem o pai como novo dono, alinhando ao lado de Sergio Pérez. O lugar do jovem canadense tende a ser ocupado pelo reserva imediato da Williams, Robert Kubica, que aí regressaria ao grid depois de mais de oito anos longe. Esteban Ocon, que com o movimento perderia seu lugar na Force India, não ficaria fora da F1, uma vez que partiria para a McLaren para ocupar a vaga de Vandoorne, este sim, ficando a pé e sem lugar no Mundial.
Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.