A Renault está confiante de que todos os problemas apresentados durante a primeira bateria de testes em Jerez, no início do mês, estão agora devidamente resolvidos. Nas atividades espanholas, os três times equipados com os motores franceses enfrentaram falhas e tiveram os trabalhos limitados. Ao todo, o trio — Red Bull, Toro Rosso e Caterham — foi capaz de percorrer apenas 151 voltas em quatro dias de treinos coletivos.
Agora, a fabricante se prepara para a segunda semana de trabalhos no Bahrein, que terá início na próxima quarta-feira, dia 19. Antes, porém, a Renault participou do shakedown da Lotus em Jerez na última sexta-feira e de um dia de filmagens com a Toro Rosso, em Misano, nesta semana. E Rémi Taffin, diretor de operações da marca, se mostrou otimista quando à evolução da confiabilidade do novo motor.
"Na verdade, nós enfrentamos um grave problema no hardware, e isso consequentemente afetou o software", disse Taffin. "A primeira falha que vimos foi com o armazenamento de energia. Aí tivemos algumas atualizações e conseguimos testá-las tanto na fábrica como na pista, nos dois dias de filmagens que tivemos chance de fazer parte e tudo funcionou como o esperado", completou.
"Portanto, estamos confiantes de que agora os problemas que tivemos no primeiro teste foram solucionados, com a correção do hardware e o armazenamento de energia. O capítulo seguinte foi, obviamente, o software. No primeiro teste, tivemos alguns contratempos de dirigibilidade na pista, além de controle de pressão e calibração, mas conseguimos trabalhar nisso durante essas duas semanas e melhoramos neste quesito", acrescentou o diretor.
O diretor de operações, entretanto, admitiu que a Toro Rosso enfrentou "pequenos problemas" na Itália, mas minimizou os contratempos, especialmente devido ao fato de que a Lotus não exibiu qualquer tipo de falha. "É claro que esperávamos não ter problema algum, mas acabamos enfrentando pequenas falhas. Para ser justo, não foi nenhuma surpresa", reconheceu.
"As razões são bem conhecidas, mas não havia nada que pudéssemos fazer em apenas um dia de filmagem. Quando você inicia o dia com uma configuração, tem de correr o dia todo com ela, por isso é tão difícil reagir", explicou.
Taffin, por último, reconheceu o atraso no desenvolvimento do motor da Renault, mas disse não ver a fabricante demasiadamente atrás das rivais. "Nós ainda estamos atrasados, mas não é uma questão de meses. Estamos em um processo de recuperação. Estamos nos preparando para o Bahrein com o que gostaríamos de ter terminado o primeiro teste", encerrou engenheiro.