Ricciardo explica corrida “longa e frustrante” em Spa: “Não tinha velocidade de reta”

Utilizando uma asa traseira com mais arrasto aerodinâmico e menos velocidade, Daniel Ricciardo afirmou que só conseguiria ultrapassar em Spa no caso de um de seus rivais cometer um erro

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Daniel Ricciardo andou para trás mais uma vez no GP da Bélgica, realizado no último fim de semana, ao largar em sétimo e chegar apenas em 15º. Seu companheiro de equipe Lando Norris, para se ter uma ideia, saiu em 18º e completou em 12º, menos de 3s atrás do décimo colocado. O australiano sofreu com uma asa traseira diferente da que deveria usar em Spa, conforme já havia relatado após a classificação, e o chefe Andreas Seidl confirmou que o defeito prejudicou o piloto da McLaren.

“Pelo lado de Daniel [Ricciardo], tivemos um problema com a última asa traseira e tínhamos apenas duas para essa etapa”, explicou Seidl. “Então, tivemos que voltar para uma de especificação antiga, o que significava ter mais downforce e um pouco menos de velocidade máxima — o que claramente não é o que queríamos”, disse.

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Ricciardo explicou que o arrasto extra trazido pela nova asa o possibilitava ter alguma velocidade no segundo setor da pista, que apesar das grandes velocidades, é mais travado. No primeiro e no terceiro setores, por outro lado, as grandes retas tornavam a situação do piloto bastante difícil na corrida.

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Ricciardo cumpre seus últimos meses de contrato com a McLaren em 2022 (Foto: McLaren)

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“Nós simplesmente não éramos rápidos nas retas”, confirmou Ricciardo. “Eu tive que usar uma asa diferente, porque a nossa teve um problema. Eu sabia que ia nos prejudicar nas retas, porque tem maior arrasto. Logo vi que não era o único sofrendo para ultrapassar nas retas, mas tinha velocidade para usar no segundo setor. Mas no primeiro e no terceiro, mesmo com a asa móvel, eu não conseguia passar”, lamentou.

“Foi uma corrida bem longa e frustrante, eu senti que estávamos esperando por um erro”, salientou. “Eu disse no rádio: ‘estou tentando, mas a não ser que alguém cometa um erro à frente, é literalmente impossível de passar'”, alegou.

Por fim, Ricciardo deu uma opinião diferente sobre o novo regulamento técnico da F1, que faz sua estreia em 2022. O australiano reconheceu que o objetivo de permitir aos pilotos manterem maior proximidade do carro à frente foi atingido, mas questionou a pouca velocidade gerada pelo vácuo — o que, de uma forma ou de outra, também dificulta as ultrapassagens, principalmente nas pistas mais rápidas.

“O bom sobre esse ano é que você consegue correr mais de perto, mas o ruim é que o efeito do vácuo é menor”, explicou. “Então, em uma pista como essa, parece que tornou a ultrapassagem mais difícil”, encerrou.

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