David Brabham recusa propostas para retorno da marca ao grid da F1: “Não é assim que se faz”

A Brabham teve a oportunidade de voltar ao grid da Fórmula 1, mas David Brabham não quis seguir adiante. David, filho do tricampeão e fundador Jack Brabham, recusou uma “longa lista” de propostas por acreditar que nenhuma delas era séria a ponto de fazer jus ao nome da tradicional escuderia.

 

O desinteresse atual de David em autorizar o retorno do nome Brabham ao grid tem dois motivos. O primeiro é a falta de orçamento de novos empresários, que buscavam entrar na F1 com o pomposo nome, mas nunca apresentaram dinheiro suficiente. O segundo, talvez mais importante, é o interesse em preservar o nome da família.

 

“Seria uma longa lista se eu dissesse quantas pessoas entraram em contato dizendo que queriam comprar uma equipe de Fórmula 1 e chamar de Brabham”, disse David, entrevistado pelo ‘Motorsport.com’. “Adivinha, ninguém nunca foi capaz de comprar a equipe. Você fica animado no começo, mas acaba aprendendo depois de um tempo. Chegamos ao ponto em que aprendemos nossas lições e pedimos que provassem que eles tinham um orçamento. Aí paramos de desperdiçar tanto nosso tempo”, seguiu.

 

De acordo com o ‘Motorsport.com’, a negociação mais recente pelo retorno da Brabham aconteceu para a temporada 2019. O site indica que a Racing Point tinha interesse no nome, apesar de a negociação não fluir. No fim das contas, a nomenclatura segue sendo a mesma já utilizada no fim de 2018 – isso após também tentar reviver o nome Lola.

 

A Brabham competiu na F1 entre 1962 e 1992. A equipe fez sucesso, levantando títulos com Jack Brabham, Denny Hulme e Nelson Piquet. Após anos afastada do automobilismo, a família se comprometeu com um retorno ao Mundial de Endurance.