“De volta ao passado”: como Reginaldo Leme viu 1º GP na F1 fora da Globo

Depois da saída do Grupo Globo, confirmada nesta semana, Reginaldo Leme viu de um ângulo bem diferente o desfecho da temporada 2019 da F1. O jornalista viu o triunfo de Lewis Hamilton de casa pela TV na sua casa e descreveu: “Curtindo aquilo que mais gosto na vida”

O GP de Abu Dhabi foi histórico para o jornalismo brasileiro. A corrida, que neste domingo (1) encerrou a temporada 2019 do Mundial de F1, foi a primeira transmitida pela Globo depois da saída de Reginaldo Leme, que cumpriu um ciclo de mais de 40 anos e deixou a emissora nesta semana. O jornalista escreveu um post durante a corrida para explicar como se sentiu ao ver a F1 de um ângulo bem diferente ao qual estava acostumado: a cabine de transmissão.
 
“De volta ao passado… Nos anos 70, quando a F1 ainda não era transmitida pela TV para o Brasil, eu ficava de ouvido grudado no rádio ouvindo Wilsão Fittipaldi e anotando tudo daquilo que estava se tornando uma grande paixão”, escreveu Regi em sua conta no Instagram.
 
“Hoje me senti de volta a esse passado, desta vez com TV e computador com dezenas de informações. Curtindo aquilo que mais gosto na vida, só que agora em casa vendo e ouvindo meus eternos parceiros”, acrescentou o histórico jornalista, para completar: “Viva a F1!”.
Reginaldo Leme acompanhou pela TV o primeiro GP de F1 após sua saída da Globo (Foto: Reprodução/Instagram)
A transmissão do GP de Abu Dhabi deste domingo foi liderada por Sérgio Maurício, que de última hora assumiu a narração depois que Luís Roberto, que havia sido confirmado pela Globo como narrador da prova, ter sido vetado para cuidar de um edema nas cordas vocais. Felipe Giaffone, que substituiu Reginaldo Leme, e Luciano Burti, completaram o time de comentaristas.
 
A TRAJETÓRIA DE REGINALDO LEME NA TV
 
Reginaldo foi parceiro de Galvão Bueno por muitos anos e, mesmo na ausência do narrador, seguia como titular das transmissões ao lado de Luciano Burti e, na Stock Car, com Sergio Maurício e Felipe Giaffone.
 
A trajetória de Leme na cobertura de F1 começa ainda na década de 1970. Mais precisamente em 1972, quando cobriu um Grande Prêmio pela primeira vez, trabalhando para o ‘Estado de São Paulo’. A passagem pela TV Globo, por sua vez, começou seis anos depois, em 1978. Foi através da emissora carioca que o jornalista se consolidou como grande referência na cobertura de automobilismo no Brasil.
 
A chegada do narrador Galvão Bueno às transmissões de F1 da Globo, em 1981, formou uma dupla das mais icônicas. Os dois, lado a lado, cobriram títulos de Nelson Piquet e Ayrton Senna, nos anos dourados do Brasil no automobilismo mundial.
 
Os mais de 40 anos de envolvimento com a F1 colocaram Leme em uma posição privilegiada. O jornalista já cobriu mais de 500 GPs, sendo recentemente homenagem pela própria categoria. Reginaldo, entretanto, teve o azar de não participar da cobertura do 1000º GP, o da China de 2019, por conta de problemas de saúde.
 
O ‘furo’ do ‘Singapuragate’, escândalo em que Nelsinho Piquet bateu de propósito no GP de Singapura de 2008 para atender pedido da Renault, pode ser considerado o ponto alto da carreira de Leme. O jornalista foi o primeiro a divulgar que o brasileiro agiu de má fé, abrindo investigações daquele que se consolidaria como um dos maiores escândalos da história da F1.

Paddockast # 44
RETROSPECTIVA 2019: MUITO QUE BEM, MUITO QUE MAL

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