Diretor da Manor Marussia critica e diz que sistema de carros clientes não é solução para F1

Diretor-esportivo da Manor Marussia, Graeme Lowdon afirmou que a F1 vai tomar a direção errada se adotar o sistema de carros clientes com o objetivo de garantir um número mínimo de equipes no grid. O dirigente entende que a categoria ainda não entendeu qual é o real problema no momento

A Manor Marussia, por meio do diretor-esportivo Graeme Lowdon, entende que a F1 vem gastando tempo demais em soluções equivocadas para garantir um número mínimo de equipes no grid, especialmente do que diz respeito aos carros clientes — a compra e uso de chassi de outra fabricante. Para Lowdon, a ideia não é o melhor caminho para a categoria.

Durante o GP do Canadá, a prova realizada há pouco mais de duas semanas, as principais equipes se reuniram e começaram a montar um plano para formalizar a propostas de adoção do sistema de carros clientes.

Porém, o diretor da Manor acha que há outras maneiras de assegurar a sobrevivência dos times menores no grid, sem agredir os orçamentos. "Eu li todos os comentários sobre carros clientes e franquias", afirmou o inglês em declaração ao site norte-americano 'Motorsport.com'.

Graeme Lowdon e Bernie Ecclestone conversam no paddock da F1 (Foto: Getty Images)

"E é claro que se trata de um plano de contingência, não é uma estratégia. E definitivamente não é uma solução para a F1. Isso aí é o equivalente a levar um pneu sobressalente em seu carro: é útil, mas você não vai realmente querer usá-lo, vai?", disse Lowdon.

"O carro cliente é algo em que possamos construir um negócio global? Honestamente, não vejo como isso possa ter algum valor para a indústria", completou o dirigente.

Lowdon reforçou ainda que a F1 possui algumas das pessoas mais inteligentes do planeta e que, portanto, uma solução mais apropriada não deve ser difícil de ser encontrada. O britânico acredita que, antes de a categoria optar pelos carros clientes, seria interessante descobrir também quais são exatamente os problemas que precisam ser resolvidos.

"Se você realmente estudar os fundamentos, vai ver que as soluções apontadas não estão de acordo com os problemas que temos. Um dos grandes atrativos da F1 é a sua capacidade de solucionar problemas de forma inteligente, seja na parte técnica, comercial, política, jurídica. As pessoas na F1 são brilhantes para isso, mas é importante descobrir qual é o real problema que precisa de solução", afirmou.

"O que estamos vendo é que tem um monte de gente tentando resolver problemas que não são realmente uma prioridade", finalizou.

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