Diretor da Williams diz que adiantamento do calendário da F1 tem “implicação financeira considerável” nas equipes

Rob Smedley, chefe de performance da Williams, não é um dos fãs da medida tomada por Bernie Ecclestone de adiantar o GP da Austrália de 2016 para o fim de março - e, por conseguinte, passar a pré-temporada para o fim de fevereiro quando deveria acontecer em março. Segundo Smedley, se trata de uma decisão que causa problema de logística e custo para todas as equipes

A F1 vai começar mais cedo do que se esperava 2016, e isso é um problema para as equipes em termos de custos. Quem afirma é o chefe de performance da Williams, Rob Smedley. O GP da Austrália tinha sido inicialmente marcado para abril, dando algumas semanas mais de preparação para as equipes, mas para abrir espaço no calendário Bernie Ecclestone resolveu mandar a ideia às favas e adiantar, no último dia de setembro, a corrida para 20 de março.
 
A troca encurta o tempo de preparação, especialmente já que a pré-temporada também acabou adiantada em oito dias, para 22 de fevereiro. De acordo com Smedley, como a decisão foi tomada tardiamente, estraga os planos de abordagem dos times, que já estavam montados. E isso tem uma implicação financeira considerável ao redor do grid.
 
"Tem um impacto, não há dúvidas. Mas revisamos todos os planos, sentamos e analisamos um plano operacional para nos levar de hoje ao primeiro dia e teste inicial. O plano estava traçado e em curso, mas tivemos que refazer. Vai ser mais caro para nós. Não vai fazer diferença quando todo mundo vir o novo carro ou a qualidade ou como vai no primeiro teste ou na Austrália – esses planos não vão mudar", disse. 
Rob Smedley (Foto: Getty Images)
Smedley seguiu dizendo que, desta forma, as equipes vão necessitar terceirizar alguns serviços para conseguir se aprontar a tempo – algo que não estava previsto no plano original.
 
"Vai ser mais caro para nós e todo mundo, porque tivemos que refazer os planos de construção, já que ninguém quer mudar os planos de design. Você tem de subcontratar um pouco, especialmente os compostos e o corpo de trabalho", avaliou.
 
"Provavelmente estaremos com poucas partes nos primeiros testes, mas é algo com que temos de conviver. Não dá para tirar partes do nada. Devemos chegar aos primeiros dias com quantidades menos que operacionais. A mudança tem grandes ramificações", encerrou.
 
Os testes da pré-temporada da F1 em 2016 acontecem em Barcelona.
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