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O Liberty Media trabalha em soluções para deixar a F1 atraente não apenas fora da pista, mas sobretudo durante as competições. Nomeado pela empresa norte-americana como diretor-esportivo, Ross Brawn se mostrou um opositor ferrenho de dois aspectos da categoria que irritam muitos fãs do esporte: as controversas punições com perda de posições no grid de largada e o DRS, ou a asa móvel, artifício criado ainda na ‘Era Bernie Ecclestone’ para proporcionar maior número de ultrapassagens. O dirigente britânico quer acabar com as polêmicas punições o quanto antes. Quanto ao DRS, o engenheiro disse que é preciso mudar a forma de concepção e desenvolvimento dos carros, por isso a extinção da asa móvel deve levar mais alguns anos, até que tudo caia por terra em 2021.
Brawn, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (31) em Monza, deixou claro que quer ver as punições extintas o quanto antes. No entanto, há um fator a ser considerado como prazo máximo, já que as novas regras de motor vão ser introduzidas a partir de 2021. As punições foram adotadas como forma de reduzir custos e limitar o uso de motores. Nesta temporada, cada piloto pode usar apenas quatro unidades de potência ao longo do ano, recebendo punições a partir do quinto motor.
Por uma F1 mais popular, Brawn quer o fim das polêmicas punições no grid e também a extinção do DRS (Foto: Twitter)
“Odeio o fato de que estamos prejudicando as corridas por motivos técnicos. Sei que você pode dizer que se um carro quebra em uma corrida, é uma questão técnica e você afetou a corrida, mas acho que os fãs entendem isso. Para um fã visceral, quando ele vê seu herói no fim do grid porque ele teve de trocar o motor, não é um grande esporte”, disparou o britânico.
“Temos de encontrar uma solução para isso, seja buscar uma forma diferente de punição ou então tirar por completo a punição e apenas lidar com o problema que se buscava resolver”, salientou.
“Talvez possamos implementar essa solução antes disso porque é um aspecto tremendamente impopular na F1 neste momento. Uma das sugestões foi a perda de pontos para a equipe. Poderia haver outras punições mais discretas. Estávamos acostumados com o sistema de fichas de desenvolvimento no motor, e isso não era ruim. Ficou um pouco complicado, mas você poderia remover os tokens por um instante”, ponderou. “As punições do grid são muito impopulares e devemos buscar uma solução melhor”, insistiu Brawn.
Brawn é totalmente contra o DRS (Foto: Mercedes)
Quanto ao DRS, o engenheiro disse que tudo passa por uma mudança na forma de desenvolvimento dos carros. “É um compromisso. O que queremos é que os carros tenham a capacidade de se aproximar uns dos outros da forma correta e ultrapassar. Então, para mim, a solução é projetar carros que possam competir de forma próxima uns aos outros. Atualmente, um carro de F1 é otimizado de forma a correr sozinho. As equipes, quando entram no túnel de vento e criam seus programas no CFD para desenvolver o carro, tudo é feito de forma isolada. Então, quando você coloca outro carro por perto, não dá certo”, explicou.
“O que estamos trabalhando é sobre gerar a capacidade de buscar desenvolver carros que corram próximos dos outros, e quais tipos de projeto precisamos para permitir que isso aconteça. Quando fizermos isso, que é nossa ambição para 2021, então vamos ter carros que não precisam do DRS”, finalizou, esperançoso, Brawn.
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