Em fase madura, Vettel diz: “Seria ignorante pensar que a F1 é o centro do universo”

Aos 32 anos, casado e pai de três filhos, Sebastian Vettel entende que a maturidade adquirida muda a forma de enxergar o mundo e o esporte em si, rejeitando o ‘F1 centrismo’. O tetracampeão entende que hoje tem uma perspectiva de vida bem diferente de quando tinha 15 anos: “Não havia nada além das corridas”

Antes mesmo da oficialização do cancelamento do GP da Austrália em razão da pandemia do coronavírus, Sebastian Vettel surpreendeu ao deixar Melbourne e voar de volta para casa, assim como fez Kimi Räikkönen, e deu seu recado: a vida e a família valem muito mais do que o trabalho e a paixão pelo esporte. Em entrevista concedida à versão holandesa do site ‘Motorsport.com’, o tetracampeão deixou claro que hoje vê o mundo de uma perspectiva bem diferente dos tempos em que era menino e não enxerga mais a F1 como o centro do mundo.
 
“Acho que isso tem a ver com a perspectiva. Quando você tem 15 anos e ainda está no kart, sua perspectiva é muito diferente de quando você tem 30. Então, é isso o que a vida nos ensina”, explicou o piloto de 32 anos, casado e pai de três filhos — duas meninas e um menino, este nascido no fim do ano passado.
Sebastian Vettel enxerga muito além das pistas (Foto: Ferrari)
“Algumas pessoas aprendem mais cedo, outras, mais tarde, e outras nunca aprendem, mas isso pode não estar errado. Mas seria ignorante pensar que a F1 é o centro do universo e tudo é sobre a F1. Com três filhos e uma certa idade, acho que tenho idade suficiente para entender que esse não é o caso”, refletiu.
 
“Dito isso, claro que essa é a minha paixão, portanto é uma parte importante da minha vida”, salientou.
 
O alemão reiterou que ainda ama correr, mas entende que encara a profissão e a paixão de maneira muito distinta. “Como disse, acho que isso é algo que a vida ensina a você. Também é justo dizer que há 10 ou 15 anos não havia nada além das corridas”.
 
Mesmo com muito mais bagagem de vida, Vettel garante que a paixão pelas pistas não mudou. “Nem um pouco, mas você consegue ver muito mais. Seu horizonte está crescendo e você simplesmente é mais consciente do que está acontecendo. Desde quando tinha 10 anos eu vejo e viajo o mundo, em parte graças ao meu trabalho, e penso sobre o que está acontecendo, o que está mudando, e você certamente você tem outros interesses crescendo”, concluiu.

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