Ex-chefe, Horner compara com Schumacher e vê em Vettel “instinto assassino” para vencer a qualquer custo

Segundo ex-chefe do tetracampeão na Red Bull. Assim como Schumacher, alemão da Ferrari tem características parecidas com a de seu ídolo dentro das pistas e momentos controversos na luta por vitórias

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Christian Horner conhece bem Sebastian Vettel. Afinal, o alemão foi uma das grandes estrelas do programa de pilotos da Red Bull e foi guiando um carro da marca austríaca que conquistou seus quatro títulos mundiais na F1. Todos sob o comando do inglês. Por isso, Honer não hesitou em comentar a fase que atravessa o agora ferrarista e o comparou com Michael Schumacher, ídolo de Sebastian e maior vencedor da história da maior das categorias do automobilismo. 

Para Horner, Vettel possui um comportamento muito semelhante ao de Schumacher, que também defendeu a Ferrari por boa parte de sua carreira – aliás, a fase mais vitoriosa, em que faturou cinco dos seus sete títulos. A verdade é que o britânico vê em Vettel o mesmo "instinto assassino" que motivava o heptacampeão na busca pelas vitórias. Michael ainda detém o recorde de triunfos na F1.
 
"O Sebastian tem esse grande desejo pela vitória dentro dele. Os recordes significam muito. Michael Schumacher foi seu grande ídolo e é possível você ver esse instinto assassino de 'eu quero vencer' e, às vezes, a qualquer custo", disse o dirigente a emissor britânica BBC.
 
Vettel e Horner trabalharam por bastante tempo juntos na F1. Durante seis temporadas, de 2009 até 2014, Vettel foi piloto da Red Bull e o chefe da equipe teve que lidar com momentos de tensão também. Em 2010, Vettel e Mark Webber bateram durante o GP da Turquia. Em 2013, na Malásia, o futuro tetracampeão também teve atritos com a equipe ao recusar obedecer ordens do time.
Hamilton e Vettel se tocaram em Baku (Foto: Reprodução/Twitter)

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"Sebastian está envolvido em uma batalha muito intensa. Ele vê a oportunidade de ser campeão novamente neste ano e sabe que vai ter que ir pra cima da Mercedes para conseguir alcançar esse título. Nessa situação, ele fala o que vem na mente e diz o que pensa, sem filtros. Em algumas situações, isso é bom para ele, mas em outras não", analisou Horner.
 
O mandatário também avaliou que o ambiente da Ferrari está propício para que os ânimos estejam exaltados. Não é à toa, pois a escuderia italiana não faz um piloto campeão desde 2007. E também não conquista o título de construtores desde 2008, quase dez anos.
 

"A Ferrari é uma equipe emocional e alimenta isso. E isso não é uma coisa ruim. Ele mostra que é humano e o quão faminto ele está para alcançar seu objetivo final", salientou.

 
Em Baku, Horner achava que Vettel poderia ter recebido uma punição mais severa. Entretanto, o alemão sofreu uma penalidade de 10s, mas poderia até mesmo ser desclassificado na opinião do chefe da Red Bull. "Essa é uma decisão para os comissários julgarem. No dia poderia ter sido bem pior [desclassificação]. Outros pilotos de outras categorias já sofreram esse tipo de punição, existem precedentes", declarou.
 
Para o inglês, o incidente vai apimentar ainda mais a disputa pelo título mundial. A batalha entre Vettel e Hamilton ganhou um ingrediente a mais e justamente com pilotos de personalidades diferentes.
 
"Lewis tem mais espírito livre. Uma grande quantidade de talento natural. Provavelmente nem pensa nada sobre isso. Nunca trabalhei com o Lewis, mas acho que ele tem um instinto natural. Ele corre e mostra os resultados como um artista. Tem um estilo de vida e mostra isso. Já o Sebastian é extremamente protetor e privado. Prefere viver como se fosse um estudante, feliz com a mochila nas costas e com sua vida privada", comparou.
 
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