F1 admite queda do interesse nas redes sociais devido ao domínio de Verstappen

Pesquisa realizada pela Buzz Radar constatou que a Fórmula 1 vive o período de maior desinteresse dos fãs desde 2018. Queda na popularidade se deve à falta de competitividade na categoria

A F1 começou a sentir, de forma negativa, os efeitos da era Max Verstappen e Red Bull. Embora tenha revelado que os níveis de audiência nos Estados Unidos estavam crescendo de forma satisfatória, um estudo revelou que os fãs estão utilizando as redes sociais com menos frequência para comentar sobre os acontecimentos relacionados à principal categoria do esporte a motor. Além disso, o uso de palavras como ‘chato’ tem sido mais recorrentes do que as outrora frequentes ‘interessante’ e ‘emocionante’.

A pesquisa foi realizada pela Buzz Radar, empresa de inteligência social, que afirmou que o crescimento do esporte deu um giro em 180º em relação aos últimos anos — especialmente em 2021 e 2022. A análise sugere que o pico foi alcançado no ano passado. O topo chegou na sequência da dramática disputa entre Max Verstappen e Lewis Hamilton e também graças a implementação do regulamento dos novos carros.

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A Red Bull venceu 15 das 16 corridas realizadas até agora em 2023 (Foto: Red Bull Content Pool)

Depois de fazer uma combinação de análise humana e com dados de IA para analisar a F1 nas redes sociais na última década, a Buzz Radar concluiu que o Mundial sofreu a primeira queda de interesse em muito tempo. As menções à categoria tiveram uma baixa de 70,2% nos primeiros cinco meses de 2023 quando comparado a 2022. A redução no número de novos seguidores foi de 46,29% e o alcance foi diminuído em 64,10%.

“Os dados das redes sociais de 2023 também ofereceram uma visão sobre uma mudança fundamental na conversa em torno da F1: um aumento notável no uso de adjetivos negativos associados ao esporte. Palavras como ‘chata’ e ‘chato’ estão se tornando descritores de alta frequência, substituindo palavras positivas como ‘interessante’ e ‘emocionante”, afirmou o relatório.

A Buzz Radar afirma que isso tem relação com a falta de competitividade no esporte, uma vez que o último início de desinteresse apareceu em 2018, quando Hamilton e Mercedes se acertaram e não deram chances para Sebastian Vettel e Ferrari na segunda metade do ano.

“2016 foi a temporada mais comentada, até 2021, apesar de todos os fatores que contribuíram para a aquisição da Liberty, Drive to Survive e a quarentena, porque (Nico) Rosberg e Hamilton estavam brigando de perto. A temporada foi decidida por apenas cinco pontos. A conversa estagnou entre 2018-2020 enquanto Hamilton dominava, e subiu significativamente novamente durante a temporada de 2021 – o campeonato mais disputado desde 2016”, mostrou o estudo.

“As temporadas de 2016 e 2021 foram decididas na última corrida. 2022 continuou a aproveitar a onda de competição acirrada no final de 2021, mas agora estamos vendo o resultado do domínio de um piloto mais uma vez. Esse padrão continuará até que as corridas se tornem mais próximas novamente”, finalizou. 

A Red Bull garantiu o Mundial de Construtores após o GP do Japão, com seis corridas de antecedência. Verstappen pode garantir o tricampeonato na próxima etapa, no Catar, já na corrida sprint. A Fórmula 1 retorna na semana que vem, entre os dias 6 e 7 de outubro, com o GP do Catar, em Lusail, 17ª etapa da temporada 2023.

https://youtube.com/watch?v=RmjP0EYkP5g%3Fsi%3DgC_-1V2KFybLUDyG
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