F1 prega “boas corridas” e diz que meta é “equilíbrio” entre pistas clássicas e de rua
CEO da F1, Stefano Domenicali também declarou que pistas históricas "não são tudo", mas que podem construir base para o futuro da categoria
Stefano Domenicali, CEO da Fórmula 1, declarou que procura encontrar o equilíbrio entre circuitos históricos e de rua no calendário da categoria. Sem indicar um número ideal entre um tipo de traçado e outro, o dirigente apontou que o intuito é promover corridas cada vez melhores.
A F1 aumentou consideravelmente o número de etapas realizadas em circuitos urbanos. Por exemplo, em 2014, a categoria tinha apenas cinco corridas nesse tipo de traçado — Austrália, Mônaco, Canadá, Singapura e Rússia. Neste ano, além das quatro primeiras localidades, Arábia Saudita, Miami, Azerbaijão e Las Vegas entraram no calendário. Em dez anos, um salto de cinco para oito etapas.
No meio do automobilismo, corridas em circuito de rua são apontadas como boas iniciativas para a expansão das categorias por estar mais próximo do público. Atualmente, a maior parte dos autódromos estão localizados em áreas afastadas aos centros urbanos, onde é viável montar pistas provisórias para receber a F1, por exemplo.
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Se a fala a respeito de equilíbrio de Domenicali for literal, a F1 poderá receber mais quatro corridas em circuitos de rua e, caso o calendário mantenha 24 provas, isso representaria a saída de quatro etapas em autódromos. No entanto, não dá para definir se essa é a intenção do dirigente, que apenas deixou claro a meta de ter “boas corridas” e usou o GP de Las Vegas como exemplo.
“Posso dizer que queremos balancear [entre autódromos e circuitos de rua]. Não almejamos mudar de um lado para o outro, mas é crucial que tenhamos boas corridas”, disse o CEO da F1 à revista inglês Autosport.
“Lembro que uma das maiores críticas antes do GP de Las Vegas eram ‘como assim? Vocês querem corridas onde não tem ultrapassagens, drama, ação e assim por diante’. Provamos para aqueles que falaram antes do evento acontecer que estavam totalmente errados. Foi uma etapa incrível”, continuou.
A entrada de alguns circuitos de rua, direta ou indiretamente, ocupou lugar de algumas pistas históricas na Fórmula 1. A Alemanha, que já organizou corridas em Hockenheim e Nürburgring, está fora do calendário, assim como a França, que viu Paul Ricard ser tirado da programação da F1 ao final de 2022.
O CEO da F1 destacou que ter pistas históricas “não é tudo” e reiterou que a missão é encontrar o equilíbrio no calendário, ainda mais diante de diversas opiniões acerca do tema.
“É importante respeitar os locais históricos, com certeza, mas não pode ser tudo. O clássico é uma boa base para investir no futuro”, disse Domenicali.
“Não estamos preocupados em encontrar a solução certa, em ter o entretenimento correto ou o fã adequado. Todos podem ter opiniões diferentes. Há pilotos que amam os circuitos permanentes, mas tem os que preferem traçados urbanos. Como disse anteriormente, a resposta certa é encontrar o equilíbrio. Essa é minha abordagem”, encerrou o CEO da F1.
A Fórmula 1 agora faz a tradicional pausa para as férias de verão na Europa e volta de 23 a 25 de agosto em Zandvoort, para a disputa do GP dos Países Baixos.
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