Ferrari diz que só deve levar atualizações para GP da Inglaterra e culpa teto de gastos

Mattia Binotto afirmou que a Ferrari só pretende levar alguma mudança para a F1-75 "quando tiver algo significativo". Além disso, o chefe dos italianos explicou que, por causa do teto orçamentário da F1, não pode correr o risco de desperdiçar dinheiro

Depois de sofrer três golpes seguidos e ver Max Verstappen assumir a liderança do Mundial 2022 da Fórmula 1, a Ferrari sabe que precisa reassumir o controle já em Mônaco para impedir a Red Bull de abrir vantagem na ponta. E os italianos vão para Monte Carlo sem atualizações significativas, não apenas por apostarem no pacote levado para Barcelona, como também por se verem limitados pelo teto de gastos. Mattia Binotto, aliás, confirmou que a F1-75 só deve ter mais mudanças em Silverstone, palco da décima etapa da temporada.

Desde a Austrália, a Ferrari dizia que só levaria atualizações para o GP da Espanha, uma vez que Ímola teria um dia de treinos a menos por conta da sprint race e Miami seria novidade para todos. O circuito da Catalunha, tradicional por receber os testes da pré-temporada, seria o lugar ideal para mudanças, e elas surtiram efeito, com Charles Leclerc conquistando a pole-position e mantendo um bom ritmo na corrida, até um problema na unidade de potência forçá-lo ao abandono.

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A Ferrari teve progresso com as atualizações levadas para Barcelona (Foto: Ferrari)

“Traremos atualizações quando tivermos algo significativo”, afirmou o chefe do time de Maranello. “Não serão em todas as corridas que traremos peças [novas]. Além disso, acho que é preciso analisar as próximas etapas. Temos agora Mônaco, onde talvez possamos ter uma nova suspensão dianteira para o ângulo de direção, e, depois, temos Baku, que é um circuito de rua. Portanto, acho que só no Reino Unido vamos ter mais algum desenvolvimento”, continuou.

Acontece que a Ferrari enfrenta o mesmo problema já alertado por Christian Horner: o malabarismo que as equipes, principalmente as de ponta, estão tendo de fazer para ficar dentro do limite orçamentário de US$ 140 milhões (cerca de R$ 670 milhões, na cotação atual). O chefe dos taurinos chegou a dizer que sete times provavelmente teriam de perder as últimas quatro corridas do ano para cumprir o teto estabelecido pela F1.

“Acho que o teto orçamentário está ditando de alguma forma o que podemos fazer”, admitiu Binotto. “Nós certamente precisamos examinar de perto e não desperdiçar nosso dinheiro, pois simplesmente não podemos fazer isso”, concluiu.

A Fórmula 1 retorna às pistas neste fim de semana, para o GP de Mônaco, sétima etapa do Mundial 2022. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades de pista a partir dos treinos livres de sexta-feira AO VIVO e EM TEMPO REAL.

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