Ferrari chega pressionada por McLaren e encara ‘Dia D’ com atualizações em Ímola

A F1 2024 chega em sua etapa mais esperada até aqui. É que, pela primeira vez em mais de dois anos, há uma expectativa real por disputas, o panorama aponta, de verdade, uma Red Bull ameaçada. E isso veio com uma vitória de imposição de Lando Norris e da McLaren em Miami, algo que não tinha sido tão latente assim nos brilhantes triunfos conquistados por Carlos Sainz em 2023 e 2024.

A vitória de Norris pode ter sido circunstancial pelo safety-car, mas o fato é que, desta vez, a Red Bull não se apresentava frágil. A real era que a McLaren tinha o melhor ritmo do fim de semana, justamente quando estreava um ‘pacotaço’ de atualizações em seu carro laranja.

Ou seja, foi uma corrida que serviu para provar força da McLaren, mas também para colocar a Red Bull em uma posição minimamente vulnerável que não era vista antes. Para os austríacos perderem, de 2023 para cá, só estando completamente atordoados. Isso até Miami.

A Red Bull ‘acessível’ é a prova da eficiência da McLaren, mas também o copo meio cheio que a Ferrari tem para tirar da corrida americana. Afinal, os italianos buscam incansavelmente bater de frente com a rival energética e, com exceção da Austrália, não vinham conseguindo. Tiveram performances parecidas em Miami, sim, e viram uma outra adversária na frente.

O triunfo de Norris por si só é o natural copo meio vazio dos italianos, claro. Afinal de contas, a Ferrari agora ganha outra adversária que precisa superar. E a resposta precisa ser imediata, especialmente por todo contexto que vem a reboque: a corrida deste fim de semana é na Itália e a primeira das atualizações ferraristas.

Desta forma, o GP da Emília-Romanha se transforma em uma espécie de final para a Ferrari, um ‘Dia D’ nas pretensões do time em um 2024, até aqui, inspirado da dupla Sainz e Charles Leclerc. Por mais que o chefe Frédéric Vasseur garanta que não se trate de uma ‘mega atualização’, é hora do salto de qualidade.

É que o mesmo Vasseur admite que qualquer ganho é importante, mais ainda quando o assunto é a classificação. Ele tem razão em focar nisso, aliás: a Ferrari evoluiu em absolutamente tudo para 2024, mas deu um passinho atrás aos sábados.

“Nós estamos com uma mentalidade neste carro que é, quando levarmos atualizações, que não sejam mega atualizações. Só que também é verdade que, nas classificações, a gente está vendo quatro ou cinco carros na mesma casa decimal, então, ganhar 0s1, já pode ser uma mudança de panorama nos finais de semana”, disse o chefe ferrarista à emissora inglesa Sky Sports.

É muito verdade que um ótimo resultado é fundamental para a Ferrari em Ímola, mas também não vai ser uma certeza de sucesso no restante do campeonato. Além das atualizações que, claro, são cruciais para que os italianos peguem a Red Bull e não tomem o bote de vez da McLaren, tem muito também do trabalho de cada fim de semana. E é aí que está o segredo ferrarista em 2024.

Mais do que o bom projeto do carro, o grande destaque da Ferrari no ano é o foco total em cada etapa. Os comandados por Vasseur mostram incrível inteligência na abordagem de cada fim de semana, é tudo tão meticulosamente pensado que nem parece a Ferrari dos últimos anos, sejamos honestos.

Frédéric sabe disso e, não de graça, defende que o trabalho de cada etapa talvez seja até mais importante do que as atualizações levadas durante o ano.

“Boa parte dos nossos resultados estão vindo do trabalho com nossos pilotos, do acerto do carro em cada fim de semana, do cuidado com os pneus. Não podemos só pensar em atualizações, é muito também do trabalho de pista”, completou.

No fim das contas, é exatamente esse o caminho para a Ferrari: consistência, trabalho de formiguinha, precisão a cada fim de semana. Mas sem ignorar a importância das atualizações, afinal, McLaren e, principalmente, Red Bull não vão ficar paradas.

A Fórmula 1 retorna neste fim de semana, de 17 a 19 de maio, em Ímola, para o GP da Emília-Romanha. E o GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades AO VIVO e EM TEMPO REAL.

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