Ferrari se cobra e diz que “deveria ter marcado mais pontos” em Las Vegas: “Frustrante”
Frédéric Vasseur avaliou o desempenho da Ferrari no GP de Las Vegas e admitiu que a equipe "pagou o preço" por não ter escutado Carlos Sainz e Charles Leclerc na escolha das estratégias
A Ferrari chegou ao GP de Las Vegas com o objetivo de maximizar o resultado e descontar a maior quantidade de pontos possível em relação à McLaren, atual líder do Mundial de Construtores. Na corrida realizada na madrugada deste domingo (24), no horário de Brasília, Carlos Sainz e Charles Leclerc terminaram em terceiro e quarto, respectivamente, mas Frédéric Vasseur acredita que a equipe “deveria ter feito mais”.
Embora tenha visto a Mercedes conquistar a pole-position com George Russell, o time de Maranello apostava no bom ritmo de corrida para tentar avançar ao longo das 50 voltas nas gélidas ruas da Cidade do Pecado. Entretanto, não foi apenas o dono do W15 #63 que conseguiu segurar os vermelhos, já que até mesmo Lewis Hamilton, que largou em décimo, terminou à frente ao cruzar a linha de chegada em segundo. Após a etapa em Nevada, o chefe da escuderia avaliou o cenário.
“Foi uma corrida difícil e, principalmente no primeiro stint, sofremos muito. No final, perdemos cerca de 2s por volta, e depois a mesma coisa aconteceu novamente no final do segundo stint. No geral, porém, na fase final, o ritmo com os pneus duros foi bom, mas o problema é que perdemos muito tempo no início”, lamentou Vasseur em entrevista à emissora britânica Sky Sports.
“O resultado? Limitamos os danos, mas deveríamos ter marcado mais pontos do que todos os outros e não estar satisfeitos com apenas limitar alguma coisa. Marcamos 12 pontos a mais que a McLaren, talvez 17 ou 15 a mais que a Red Bull. Foi, provavelmente, o melhor que pudemos fazer porque as Mercedes voaram do início ao fim. Veremos na próxima semana”, continuou.

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A F1 agora arruma as malas e viaja para o Catar, palco da 23ª e penúltima etapa da temporada. Por lá, as equipes terão mais um fim de semana movimentado, pois a categoria realiza a última sprint do ano no circuito de Lusail. Apesar de muitos pontos estarem sobre a mesa nos próximos 15 dias, considerando o compromisso em Abu Dhabi, Vasseur se mostrou um tanto quanto cético em relação às reais chances da Ferrari.
“Tudo é possível. Temos de recuperar mais 12 pontos nos dois finais de semana. Estamos nos concentrando na próxima corrida, que, pelo menos no papel, não será das melhores para nós. Mas vamos ver o que podemos fazer. Teremos de maximizar o resultado, vamos focar em nós mesmos”, apontou.
Por fim, o dirigente francês revelou que tanto Sainz quanto Leclerc reclamaram das estratégias, implorando para realizar um pit-stop em um momento em que a Ferrari não acreditava ser o ideal. Assumindo os erros da equipe, Frédéric disse que “pagaram o preço” por não terem escutado a dupla.

“A certa altura do primeiro stint, os dois pilotos queriam ir aos boxes. No início queríamos seguir em frente e foi uma má decisão permanecer na pista, e pagamos o preço no final da corrida. Discutimos com Carlos a possibilidade de continuar na pista e perdemos o [timing do] pit-stop. Foi uma corrida muito difícil para os pilotos, eles estão sob pressão nessas condições e é muito frustrante perder 2s por volta devido à granulação. Precisamos entendê-los”, encerrou.
Com 608 pontos, a McLaren continua na liderança do campeonato, mas viu a vantagem sobre a Ferrari cair para 24 tentos, já que o time de Maranello chegou a 584 na tabela.
A Fórmula 1 volta no Catar, de 29 de novembro a 1º de dezembro, para a disputa da penúltima etapa da temporada 2024.

