FIA anuncia “análise detalhada e exercício de esclarecimento” após GP de Abu Dhabi
Em comunicado divulgado nesta quarta-feira, o Conselho Mundial da entidade prometeu uma avaliação minuciosa das voltas finais da corrida que mudaram o curso do campeonato e deram a Max Verstappen o título sobre Lewis Hamilton
A Mercedes segue sem aceitar as medidas tomadas por Michael Masi, diretor de provas da Fórmula 1, nas últimas voltas do GP de Abu Dhabi que decidiu a temporada 2021 no último fim de semana. Nesta quarta-feira (15), a FIA divulgou o começo de uma análise profunda sobre o que aconteceu no fim da corrida, com a indecisão para definir se os retardatários poderiam ou não recuperar a volta durante a presença do safety-car e, depois disso, a permissão apenas para aqueles que estavam entre Lewis Hamilton e Max Verstappen. A decisão veio na reunião do Conselho Mundial de Automobilismo.
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“O Conselho Mundial debateu a notável temporada de 2021, observando que foi, sem dúvida, o ano de competição mais intenso e emocionante na memória recente. Após a apresentação de um relatório sobre a sequência de eventos ocorridos após o incidente na volta 53 do GP de Abu Dhabi de 2021 no dia 12 de dezembro, e em uma busca constante por melhorias, o presidente da FIA propôs ao Conselho que vai acontecer uma análise detalhada e exercício de esclarecimento com todas as partes para o futuro. Essa proposta foi aceita, e mais detalhes podem ser encontrados em comunicado à parte”, disse o comunicado.
No comunicado à parte descrito no original, a FIA elogiou a “temporada de excelência competitiva”, dando crédito “para os pilotos e equipes participantes”, dando elogios a Max Verstappen pela vitória e pelo título e a Lewis Hamilton “por seu notável desempenho e espírito esportivo após o evento de encerramento da temporada”.

A partir de então, a nota passa a falar da reação da comunidade da F1 e do automobilismo, bem como do público, indo direto ao caso a partir da volta 53. “As circunstâncias que envolveram o uso do safety-car após o incidente com Nicholas Latifi e as comunicações relacionadas entre a equipe de direção de corrida da FIA e as equipes de F1 geraram incompreensões e reações significativas das equipes de F1, pilotos e fãs, um argumento que está manchando a imagem do Campeonato e a devida comemoração do primeiro título do Mundial de Pilotos conquistado por Max Verstappen e do oitavo título consecutivo do Campeonato Mundial de Construtores conquistado pela Mercedes”, disse o comunicado da FIA.
Na sequência, a FIA informa a proposta de Jean Todt de análise minuciosa dos acontecimentos. “Este assunto será discutido e tratado com todas as equipes e pilotos para tirar lições desta situação e clareza a ser fornecida aos participantes, mídia e fãs sobre os regulamentos atuais para preservar a natureza competitiva do nosso esporte e, ao mesmo tempo, garantir a segurança de pilotos e funcionários. Não é apenas a Fórmula 1 que pode se beneficiar desta análise, mas também, de maneira mais geral, todos os outros campeonatos da FIA”, acrescentou a nota.
Além disso, a reunião também definições sobre a geração de motores marcada para estrear na temporada 2026. A principal mudança confirmada e que já era esperada foi a do fim do MGU-H, tida como parte mais complexa e que encarece a unidade de força atual.
“O Conselho Mundial validou a estrutura para o Regulamento da Unidade de Potência de 2026 e identificou os seguintes objetivos principais:
Uma mensagem ambiental poderosa – combustível 100% sustentável, eficiência geral e mudança de foco para energia elétrica;
Redução de custos significativa – regulamentos técnicos, operacionais e financeiros;
Novatas – possibilitar que ingressem no esporte em um nível competitivo;
Proteção ao show – unidade de potência potente e de alta rotação, desempenho do carro, som, habilidade dos pilotos, evitar diferenciação excessiva;
Os Regulamentos da Unidade de Potência de 2026 serão baseados em quatro pilares: Manutenção do motor V6 de 1,6 litros, aumento da energia elétrica para 350 kw, eliminação do MGU-H e introdução de um limite de custo da unidade de potência”, encerrou.

