FIA defende entrada da Andretti, mas descarta briga com F1: “Não precisamos ir ao tribunal”

Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA, descartou qualquer briga com a Fórmula 1 nos tribunais, mas defendeu a entrada da Andretti

Para conseguir, enfim, entrar na Fórmula 1, a Andretti depende ainda das discussões comerciais e da aprovação da Formula One Management (FOM) para oficializar o ingresso. Até então, o ‘sim’ recebido foi apenas da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), que apoia bastante a equipe americana — e espera que os times do grid atual da categoria façam o mesmo.

Mohammed Ben Sulayem, presidente da entidade, descartou, no entanto, qualquer tipo de intriga (até mesmo medidas legais) com a F1 por causa da Andretti e reiterou que os interesses de ambas as partes estão bem alinhados.

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“Não precisamos ir a um tribunal e não acho que nenhum de nós irá a um tribunal”, disse ele. “Talvez pareça muito emocionante para a mídia, mas não será um tribunal. Tenho certeza disso. Por que deveríamos ir a tribunal?”, seguiu.

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Andretti foi aprovada pela FIA, mas precisa da F1 (Foto: Indycar)

“Já disse isso antes e vou repetir: acho que o Papa do Vaticano pode se casar 100 vezes e se divorciar. Mas, nós e a FOM não nos divorciaremos. Os proprietários podem mudar amanhã, a Liberty Media pode vender. Mas a FIA com a Liberty indo a tribunal? Não vamos permitir isso mesmo. Não é nem discussão. Para mim, pegamos o telefone, cuidamos das coisas. Essas pequenas coisas que acontecem fazem parte para tornar o esporte melhor”, continuou.

Boa parte das equipes atuais da Fórmula 1 adotaram discursos de rejeição sobre a chegada dos americanos. Eles alegam que um novo integrante diluiria de forma considerável a receita das equipes – embora a nova integrante tenha de pagar uma taxa de, pelo menos, US$ 100 milhões (R$ 496 milhões, na cotação atual).

Para Ben Sulayem, contudo, o esporte está num bom momento para receber mais um time — e ele lembrou que o regulamento esportivo prevê um limite de 12 equipes no grid da F1.

“A maioria dos contratos é muito, muito clara. É seguro ser aprovado e tem de ter lugar para 12. Está escrito. É responsabilidade do promotor e do circuito, não é nossa responsabilidade. Não interferimos, mas essas são as regras. As regras não são implementadas apenas por nós, as regras são implementadas em todos os lados. Por todas as partes”, encerrou.

Fórmula 1 volta daqui a duas semanas, entre os dias 20 e 22 de outubro, em Austin, com o GP dos Estados Unidos, o primeiro da última perna tripla da temporada. E o GRANDE PRÊMIO acompanha tudo.

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