FIA libera DAS só até fim do ano e já anuncia veto para 2021

O polêmico sistema DAS, a Direção de Eixo Duplo, já está com os dias contados. No entanto, apenas para 2021, sendo permitido seu uso durante a temporada atual

O DAS nem chegou direito na F1 e já tem data para sumir. Na realidade, a FIA decidiu procurar um meio do caminho e permitiu o novo sistema da Mercedes, mas apenas para 2020. A proibição para 2021 e além faz, obviamente, com que times que ainda não tenham o dispositivo pensem duas vezes antes de desenvolver algo para apenas um ano.
 
O Dual Axis Steering, ou Direção de Eixo Duplo, causou bastante polêmica no segundo dia de testes, quando Lewis Hamilton praticamente puxou o volante no meio da reta e trouxe as rodas para dentro. 
 
A decisão da FIA foi baseada no artigo 10.5 do regulamento técnico da F1, endossada por uma fala recente de Ross Brawn em relação ao que é feito "de forma diferente do que indica o regulamento básico", ou seja, explorando brechas como no caso da Mercedes em 2020.
 
"O realinhamento das rodas depende de suspensões e deve acontecer em uma distância fixa uma da outra e deve ser definida por um movimento único da rotação do volante", diz o artigo.
Lewis Hamilton e a Mercedes causaram com o DAS (Foto: Mercedes)
O polêmico DAS
 

A expressão DAS é a abreviação do termo em inglês, Dual Axis Steering. Em português, Direção de Eixo Duplo. O piloto tem o controle de como o volante fica posicionado, o que afeta o posicionamento da suspensão e, por tabela, dos pneus e sua área de contato com o asfalto.

 
O questionamento inicial foi direto ao ponto: será que algo tão diferente assim está mesmo dentro do regulamento? Não demorou para passarmos dessa fase, já que o diretor-técnico James Allison aproveitou a entrevista coletiva em Barcelona para explicar que a Mercedes já vinha em contato com a FIA (Federação Internacional de Automobilismo), que deu luz verde para o projeto.
 
Ainda não se sabe ao certo quais ganhos a Mercedes busca com o DAS. Duas teorias ganharam força entre especialistas: a de que o objetivo é manter os pneus aquecidos ao longo das retas e a de que trata-se de uma forma de melhorar a dirigibilidade nas curvas. Os dois cenários se baseiam na mesma coisa: a chance da Mercedes de usar duas configurações diferentes de cambagem com o mesmo acerto do carro, mudando de acordo a necessidade de trecho em trecho.
 
E o que isso tem a ver com o volante? Bom, ele funciona como uma espécie de alavanca: puxando-o para a frente, a barra de direção puxa também o sistema de suspensão do carro, alterando a cambagem. Empurrando-o para trás, o efeito oposto acontece. Isso tudo, claro, ainda no campo da teoria: ninguém fora da Mercedes sabe precisamente dos detalhes.
 

Paddockast #49
RAÍ CALDATO: O ARTISTA PREFERIDO DE LEWIS HAMILTON

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