FIA muda texto e torna “inadmissível” protesto único contra carros e decisão de comissários

A FIA resolveu endurecer o texto do Regulamento Esportivo Internacional ao acrescentar a palavra "inadmissível" para se referir aos protestos únicos contra pilotos, equipes, carros e decisão de comissários nas categorias que gere

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) promoveu atualizações no texto do Regulamento Esportivo Internacional quanto aos protestos que podem ser feitos contra possíveis irregularidades e má conduta de competidores nas categorias que rege — entre elas, a Fórmula 1. A entidade endureceu o tom ao acrescentar a palavra “inadmissível” ao tópico que se refere às contestações contra decisões do painel dos comissários e ainda acrescentou que, além dos pilotos e equipes, não será permitido protestos únicos contra mais de um carro.

As alterações foram publicadas na quarta-feira (22). Além do já polêmico artigo 12.2.1, que prevê de multa a dedução de pontos no campeonato para quem proferir palavrões ou fazer “demonstrações políticas e religiosas” no campeonato, a federação presidida por Mohammed Ben Sulayem resolveu ser mais direta quanto aos protestos descritos no artigo 13.

Queixas conjuntas contra pilotos e equipes já não eram permitidas, porém a redação do regulamento era escrita da seguinte forma: “Vários competidores não podem apresentar um protesto conjunto”. Agora, a frase atualizada diz que “um protesto apresentado conjuntamente por vários competidores será inadmissível”. E esse direito cabe somente ao competidor.

Entre o que pode ser contestado estão inscrições de pilotos ou equipes, erros ou violações do regulamento durante a competição, irregularidades de algum carro, classificação provisória, entre outros. Se vários competidores estiverem envolvidos, é necessário que haja a abertura de uma queixa para cada um, separadamente.

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Mohammed Ben Sulayem é o presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) (Foto: AFP)

Feito isso, o protesto deve ser entregue “ao presidente do painel de comissários” ou a quem estiver responsável pela função na ausência deste. Ele, então, será julgado em audiência com a presença de todas as partes envolvidas.

O texto da FIA segue até o artigo 13.7, intitulado “protesto inadmissível“. Antes, o primeiro item afirmava que “protestos contra decisões tomadas por qualquer juiz de fato no exercícios de suas funções não serão admitidos”. Agora, o fim diz que as queixas “serão inadmissíveis”.

A palavra é usada em sequência para reforçar a proibição de protestos coletivos contra pilotos e também equipes, porém há três adições que não estavam na versão de 2024. Primeiro, o órgão regulador deixa claro no artigo 13.7.5 que são inadmissíveis protesto único contra mais de um carro.

No artigo seguinte (13.7.6), diz que “um único protesto abordando mais de um assunto, conforme estabelecido no artigo 13.2.1, será inadmissível”. E, por fim, sentencia no artigo 13.7.7: “Qualquer protesto contra uma decisão dos comissários será inadmissível.”

Em dezembro, o controverso presidente Ben Sulayem viu uma aprovação no estatuto interno da federação, que limita as formas com que a administração pode ser responsabilizada e dá mais autonomia para lidar com investigações internas.

Fórmula 1 está oficialmente de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.

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