Forza Rossa tenta comprar Caterham para estrear na F1 na temporada 2015, revela jornal inglês

No meio da turbulenta e nebulosa história da Caterham está a Forza Rossa, segundo o jornal 'The Independent'. Documentos mostram que Constantin Cojocar, romeno ex-jogador de futebol, quis comprar a equipe, mas não teve o respaldo financeiro que esperava de seus investidores. Cojocar é um dos responsáveis pela Forza Rossa, equipe que recebeu da FIA o direito de ingressar na F1

A até então quieta Forza Rossa ainda pode ser a primeira parte de salvação do grid da F1 para a temporada 2015. A equipe que também ganhou da FIA o direito de entrar na categoria junto com a Haas está — ou estava — envolvida com a situação da Caterham. Documentos obtidos pelo jornal inglês 'The Independent' dão conta de que Constantin Cojocar comprou a equipe no mês passado. Mas um calote de seus investidores levou a uma falha na conclusão do negócio.

A Caterham, como é sabido há algum tempo, passou por dificuldades financeiras terríveis e foi vendida por Tony Fernandes no meio do ano para o grupo suíço Engavest SA. O trâmite tinha o envolvimento de Colin Kolles, romeno tal qual Cojocar. No lugar de Fernandes, assumiu o ex-piloto Christijan Albers. Que só durou dois meses no negócio, vendo que a coisa caminhava para o vinagre. Manfredi Ravetto ficou pouco tempo como chefe. Em colapso, a Caterham teve parte de seus pertences tomados pela Justiça britânica para leilão. Após o GP da Rússia, a equipe fechou as portas, em meio a uma briga entre as partes. Os novos compradores devolveram a equipe alegando que não tinham recebido as ações e os velhos não queriam de volta porque dizem não ter recebido o tutu correspondente.

Fechou as portas e, segundo a lei, passou à mão de administradores legais, isto é, pessoas judicialmente capacitadas e que não pertencem ao quadro diretivo da empresa que têm a função de evitar a falência da equipe, procurando novos donos. O que não se sabia até então é que a Caterham havia achado um interessado, Cojocar. 

Cojocar foi jogador de futebol e fez sua carreira num dos principais clubes da Romênia, o Steaua București, da capital Bucareste. O ex-atleta escreveu um testemunho juramentado à Alta Corte Britânica em que mostrou disposição em comprar a Caterham Sports para que tivesse uma fábrica capaz de fazer carros tanto para a Caterham quanto para a Forza Rossa.

Constantin Cojocar, ex-jogador de futebol que está por trás da Forza Rossa (Foto: Divulgação)

"No começo de 2014, uma equipe romena chamada FFR Formula 1 Team (Forza Rossa) manifestou interesse em entrar na F1. O projeto é liderado por Ion Bazac, ex-ministro da Saúde romeno. Em junho, a Forza Rossa recebeu uma carta de intenção da FIA permitindo que entrasse na F1 no prazo de dois anos. A Forza Rossa espera correr na temporada 2015, mas o tempo para se preparar está correndo", dizia o documento.

Ao 'The Independent', Cojocar admitiu os planos e explicou que esperava de seus ricos investidores £ 2 milhões por semana — algo em torno de R$ 7,9 milhões — para que pudesse pagar os credores da Caterham, mas o dinheiro não apareceu. "Infelizmente, a grana prometida a mim não chegou", declarou. "Sei que a Forza Rossa está procurando outros acordos possíveis para 2015, mas tive muita dificuldade para entrar em contato com meus investidores na Romênia", completou. A solução, então, foi colocar a Caterham sob administração

Nesta situação, a Caterham vai ficar de fora dos GPs dos EUA e do Brasil. A novidade a posteriori foi o caso similar da Marussia, que também vai se ausentar destas duas corridas, ao menos, e procura um novo dono. Irmãos de origem indiana já manifestaram o interesse em adquirir a equipe que um dia foi Virgin, mas até agora o negócio não foi consumado.

O GP dos EUA, com 18 carros, acontece neste fim de semana. O GRANDE PRÊMIO acompanha tudo em tempo real a partir das 13h (de Brasília) desta sexta-feira.

O FIM DA CATERHAM?

O começo do colapso das equipes nanicas da F1 começou com os visíveis problemas da Caterham ao longo da temporada. Sem fazer um carro capaz de brigar por pontos e vendo a Marussia marcar 2 com Jules Bianchi no GP de Mônaco, Tony Fernandes se livrou da bucha. Só que os novos compradores, passados três meses, também largaram mão, alegando que o antigo dono não efetuou a negociação conforme o planejado, isto é, repassando as ações. Fernandes explicou que nenhuma garantia do negócio lhe foi dada, mas que também não queria a equipe. Resultado: a Alta Corte Britânica entrou na jogada.

Toda a situação da Caterham está no GRANDE PRÊMIO.

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