Colapinto destaca “única e insana” torcida latina na F1: “Fazem as corridas especiais”
Franco Colapinto também apontou para "união" entre os torcedores "brasileiros, mexicanos e argentinos" na F1, algo que não acontece em outros esportes
Franco Colapinto vai correr pela primeira vez uma etapa na América Latina sendo piloto de Fórmula 1. O argentino demonstrou que se sente em casa no GP da Cidade do México, que terá as atividades de pista entre os dias 25 e 27 de outubro. Apesar de Sérgio Pérez concentrar a maior parte da atenção local, o representante da Williams apontou que os latinos estão “unidos” também na torcida por ele.
A boa recepção dos mexicanos também fizeram Colapinto indicar que deverá ter a mesma receptividade em São Paulo, que receberá a Fórmula 1 entre os dias 1 e 3 de novembro. O argentino destacou o “momento especial” que está vivendo com o giro da F1 pela América Latina.
“Estou sentindo [a paixão] dos torcedores, e esta é a razão dessas corridas serem tão empolgantes — e a Fórmula 1 está vendo agora o quanto sentia falta dos latinos e argentinos”, declarou Colapinto.
“Eles são extremamente insanos, e com poucas corridas, eles fazem umas coisas doidas e o jeito que eles torcem, honestamente, nunca vi isso em nenhum outro lugar como piloto. Estou vivendo algo muito especial e único”, completou.

Colapinto, no entanto, sugeriu que essa ‘união latina’ é algo praticamente exclusivo ao automobilismo. O piloto relembrou de outras modalidades que, invariavelmente, tem o noticiário ocupado pela violência envolvendo torcedores dessas nacionalidades.
Nesta semana, o Brasil foi palco de cenas lamentáveis durante a realização dos primeiros jogos das semifinais da Copa Libertadores, envolvendo Atlético Mineiro x River Plate, da Argentina, e Botafogo x Peñarol, do Uruguai. Na terça-feira (22), um torcedor do River Plate foi detido após cometer atos racistas na Arena MRV, quando imitou um macaco em direção aos atleticanos. Na quarta-feira (23), torcedores do Peñarol promoveram uma verdadeira barbárie no Rio de Janeiro.
Neste segundo episódio, 22 foram presos em flagrantes por crimes como porte ilegal de arma de fogo, furto, lesão corporal, roubo com concurso de agentes, dano qualificado, incêndio, associação criminosa, resistência, desobediência, desacato, rixa, injúria racial e corrupção de menores, enquanto outros 330 uruguaios vão responder pelo artigo 201 do Estatuto do Torcedor, que correspondeu a promover tumulto, praticar ou incitar violência e participar de brigas de torcidas).
“É ótimo ver tantos latinos. Você vê em outros esportes confrontos entre brasileiros, mexicanos e argentinos. Mas, na F1, no automobilismo, todos estão juntos, todos estão me apoiando. Aqui não tem briga entre brasileiros, mexicanos e argentinos. Aqui estão juntos, como um objetivo em comum, e torcendo por mim. Isso é ótimo de ver”, comentou Colapinto.
“Como sociedade, esse é um passo. Estou muito feliz por ver como isso tem acontecido e estou empolgado com esse momento”, encerrou.
O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades do GP da Cidade do México, no Autódromo Hermanos Rodríguez, e transmite classificação e corrida em segunda tela, em parceria com a Voz do Esporte, na GPTV, o canal do GP no Youtube. Depois das atividades de cada dia, debate tudo o que aconteceu no Briefing. Na sexta-feira (25), o treino livre 1 está marcado para as 15h30 (de Brasília GMT-3). Depois, às 19h30, acontece a segunda sessão do dia. No sábado (26), o treino livre 3 será às 14h30, ao passo que a classificação acontece às 18h. No domingo (27), a largada está marcada para as 17h.
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